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Telefones usados por Kirchner devem ser identificados

Pedido faz parte da investigação da morte de promotor que denunciou Cristina por supostamente tentar acobertar terroristas iranianos


	Cristina Kirchner: pedido faz parte da investigação da morte de promotor que denunciou a ex-presidente por supostamente tentar acobertar terroristas iranianos
 (AFP/ Alejandro Amdan)

Cristina Kirchner: pedido faz parte da investigação da morte de promotor que denunciou a ex-presidente por supostamente tentar acobertar terroristas iranianos (AFP/ Alejandro Amdan)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 16h37.

Buenos Aires - A Justiça ordenou a identificação dos telefones usados pela ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, nos dias anteriores e posteriores à morte do promotor Alberto Nisman, informaram nesta quarta-feira à Agência Efe fontes ligadas ao caso.

A juíza Fabiana Palmaghini dispôs essa medida por causa de um pedido dos representantes da mãe de Nisman, Sara Garfunkel, após saber que os registros das visitas à residência presidencial de Olivos nessas datas estão incompletos.

"(A ordem) foi solicitada pelos querelantes por consequência da reportagem que saiu nos principais jornais do país (na semana passada) sobre a falta dos registros da residência presidencial de Olivos sobre as entradas e saídas naqueles dias", explicou à Efe Manuel Romero Victorica, advogado da ex-mulher de Nisman, Sandra Arroyo Salgado.

O promotor que investigava o atentado contra a associação israelita Amia - que deixou 85 mortos em Buenos Aires em 1994 - foi encontrado morto em sua casa, com um tiro na têmpora, no dia 18 de janeiro de 2015.

Quatro dias antes, Nisman tinha denunciado Cristina por supostamente tentar acobertar os terroristas iranianos suspeitos de terem cometido o ataque contra a Amia.

Mais de um ano e meio depois, a Justiça argentina ainda não esclareceu se o que ocorreu com Nisman foi suicídio, suicídio induzido ou assassinato, como defende a família, que relaciona a morte com seu trabalho de promotor.

A denúncia apresentada por Nisman contra Cristina, no entanto, foi desconsiderada em maio por inexistência de crime.

"Em princípio, não esperamos encontrar nada", disse à Efe Romero Victorica, que também pediu que seja esclarecido o motivo de os registros de visitas da residência presidencial estarem incompletos, segundo a informação divulgada pela imprensa argentina.

Quanto ao avanço do caso, o advogado indicou que atualmente espera pela "apresentação do relatório definitivo da autópsia psicológica" do promotor, que pode ficar pronta esta semana ou no início da seguinte.

Uma vez que este procedimento seja concluído, uma junta interdisciplinar formada por médicos legistas, psiquiatras e criminalistas começará a analisar os dados.

Além disso, os querelantes esperam "o relatório da polícia com o cruzamento das chamadas telefônicas" realizadas naqueles dias pelos citados no caso, que incluem ex-agentes de Inteligência que trabalhavam com Nisman.

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