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Taxar mais ricos deve ser parte de acordo fiscal, diz Obama

Obama lembrou republicanos de que seu enfoque para o conjunto de elevações tributárias e cortes de gastos automáticos que passam a valer em janeiro,

O presidente Barack Obama discursa em Des Moines, Iowa, em 5 de novembro
 (Jewel Samad/AFP)

O presidente Barack Obama discursa em Des Moines, Iowa, em 5 de novembro (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 20h24.

Nova York- O presidente reeleito dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu-se nesta sexta-feira para negociar com republicanos a fim de combater um iminente abismo fiscal no país, mas insistiu que um aumento de impostos para os mais ricos precisa fazer parte do acordo.

Obama lembrou republicanos de que seu enfoque para o conjunto de elevações tributárias e cortes de gastos automáticos que passam a valer em janeiro, e que podem desencadear uma nova recessão, conquistou o apoio de norte-americanos nas urnas.

Ele fez a declaração horas após o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, reforçar o comprometimento de seu partido em não elevar os impostos de qualquer um como parte de um acordo para lidar com o abismo fiscal.

Em seu primeiro evento na Casa Branca desde que saiu vitorioso na disputa presidencial contra o republicano Mitt Romney na terça-feira, Obama pediu que o Congresso trabalhe com ele para a elaboração de um plano, convidando ainda líderes parlamentares para uma reunião na próxima semana.

"Não estou preso a todos os detalhes do meu plano. Estou aberto a acordos. Estou aberto a novas ideias", disse.


O abismo fiscal é o desafio mais urgente de Obama após a conquista de seu segundo mandato. Com o objetivo de reduzir o déficit orçamentário federal, as medidas planejadas podem retirar 600 bilhões de dólares da economia e prejudicar gravemente o crescimento econômico norte-americano.

Embora tenha adotado um tom conciliatório em relação à maioria republicana da Câmara, Obama disse que eleitores apoiam suas ideias, incluindo o aumento de impostos para os mais ricos.

"Eu só gostaria de dizer que isso foi uma questão central durante as eleições. Foi debatido inúmeras vezes. E na noite da terça-feira descobrimos que a maioria dos norte-americanos concorda com minha postura", completou.

Mais cedo, o republicano John Boehner fez um apelo para que Obama tivesse um papel mais ativo ao lidar com esses problemas e assumisse a liderança nas negociações.

"Essa é uma oportunidade de liderança para os presidentes. Esse é o momento dele de engajar o Congresso e trabalhar por uma solução que possa ser aprovada por ambas as Casas", disse Boehner em coletiva de imprensa.

Embora discordem a respeito das medidas imediatas para se evitar o abismo fiscal, Obama e os republicanos podem encontrar um denominador comum em pedidos pela implementação de um pacote amplo de medidas de redução de déficit ao longo dos próximos seis meses, incluindo uma reformulação da legislação tributária dos EUA.

O Comitê Orçamentário do Congresso, que tem composição apartidária, reiterou na quinta-feira que, caso autoridades não consigam lidar com o abrupto arrocho fiscal, este acabará derrubando a economia de volta a uma recessão, levando ainda a taxas de desemprego maiores que a atual, que é de 7,9 por cento.

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