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Talibãs rejeitam qualquer presença da Otan no Afeganistão

Insurgentes se opõem ao plano aliado de manter no país asiático tropas com tarefas basicamente de formação

Os talibãs também criticam hoje que a Otan não mencione em sua declaração final os ''civis inocentes'' (©AFP / Shah Marai)

Os talibãs também criticam hoje que a Otan não mencione em sua declaração final os ''civis inocentes'' (©AFP / Shah Marai)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 21h06.

Cabul - Os talibãs rejeitam qualquer presença aliada no Afeganistão após a retirada do grosso das tropas em 2014, segundo um comunicado publicado nesta terça-feira como resposta à Cúpula da Otan que terminou na segunda-feira em Chicago.

Os insurgentes se opõem ao plano aliado de manter no país asiático tropas com tarefas basicamente de formação, porque ''não é uma solução para resolver o problema (no Afeganistão) nem uma opção aceitável''.

''A solução fundamental é que todas as tropas invasoras se retirem o mais rápido possível, deixem os afegãos tomar suas próprias decisões'' e ''não percam mais tempo'', frisam os talibãs no comunicado, publicado através de seu site.

A Cúpula de Chicago serviu para reafirmar a intenção da Otan de manter um contingente indeterminado de militares para ''treinar, aconselhar e auxiliar as tropas afegãs'' em uma missão que, segundo uma nota emitida após a cúpula, ''não será de combate''.

Os talibãs também criticam hoje que a Otan não mencione em sua declaração final os ''civis inocentes'' que, segundo a insurgência, morreram em incursões noturnas dos aliados.

Também lamentam que não se faça referência à ''corrupção'' e à ''insegurança'' no Afeganistão.

A Otan tem desdobrados no Afeganistão 120 mil militares procedentes de 40 países e iniciou em julho do ano passado uma retirada que deve concluir em 2014 se forem cumpridos os prazos previstos.

A invasão aliada no Afeganistão aconteceu em 2001 a pedido dos Estados Unidos como represália pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, orquestrados pela Al Qaeda, cuja cúpula se encontrava no Afeganistão protegida pelo regime talibã.

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