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Talibã afegão controla parte da cidade estratégica de Kunduz

Esta é a primeira vez que os talibãs entram em uma grande cidade afegã desde que foram expulsos do poder em 2001, após a invasão liderada pelos Estados Unidos


	Força de segurança afegã em Kunduz: o governo afegão negou que os talibãs tenham entrado em Kunduz e afirmou que as forças de segurança lutam contra os insurgentes nos arredores da cidade
 (Reuters / Stringer)

Força de segurança afegã em Kunduz: o governo afegão negou que os talibãs tenham entrado em Kunduz e afirmou que as forças de segurança lutam contra os insurgentes nos arredores da cidade (Reuters / Stringer)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 10h27.

Os talibãs afegãos assumiram nesta segunda-feira o controle de parte da cidade de Kunduz, norte do Afeganistão, segundo líderes tribais.

Esta é a primeira vez que os talibãs entram em uma grande cidade afegã desde que foram expulsos do poder em 2001, após a invasão liderada pelos Estados Unidos.

Um líder tribal disse que os rebeldes assumiram o controle de um dos distritos da cidade e outra fonte afirmou que sua casa estava a 100 metros da linha de frente.

"Os talibãs controlam o hospital municipal de Kunduz, que tem 200 leitos", disse a segunda fonte.

"Os talibãs tomaram o controle de nosso bairro, vejo os combatentes", disse uma terceira testemunha, um colaborador da AFP na região.

O governo afegão negou que os talibãs tenham entrado em Kunduz e afirmou que as forças de segurança lutam contra os insurgentes nos arredores da cidade.

"Os talibãs conseguiram entrar em um bairro de Kunduz, mas foram repelidos e sofreram importantes perdas", declarou à AFP Sayed Sarwar Hussaini, porta-voz da polícia da província de Kunduz.

A batalha de Kunduz é um quebra-cabeça para o governo de união nacional, que está no poder há apenas um ano.

Os insurgentes islamitas, cada vez mais ativos na região norte do país, conseguiram em abril e junho deste ano chegar aos arredores de Kunduz. Nas duas ocasiões, no entanto, a polícia e o exército impediram a entrada na cidade, que fica a 100 km da fronteira com o Tadjiquistão.

O exército afegão não conta mais com o apoio das tropas estrangeiras da Otan, que encerrou sua missão de combate em dezembro do ano passado. Atualmente, a Aliança Atlântica mantém apenas 13.000 soldados dedicados às tarefas de treinamento e assessoria.

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