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Suspeitos de Boston planejavam explodir bombas em Nova York

Plano dos irmãos ao roubarem um carro e sequestrarem seu motorista, na noite de quinta-feira, era viajar a Nova York com bombas para detoná-las na Times Square

Times Square, NY: suspeitos de atentado em Boston planejam detonar bombas em Nova York (REUTERS/Brendan McDermid)

Times Square, NY: suspeitos de atentado em Boston planejam detonar bombas em Nova York (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 17h52.

Washington/Nova York - Os dois acusados de realizar o atentado da semana passada na Maratona de Boston também planejavam atacar a Times Square, em Nova York, disseram nesta quinta-feira autoridades nova-iorquinas.

O plano dos irmãos Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev ao roubarem um carro e sequestrarem seu motorista, na noite de quinta-feira, era viajar a Nova York com mais bombas para detoná-las na Times Square, uma praça movimentada de Manhattan, disse o comissário policial Ray Kelly.

Mas o plano, ainda segundo Kelly, teria dado errado porque o carro não tinha gasolina suficiente. Ao parar para abastecer, o motorista fugiu e avisou a polícia, que começou uma caçada humana e um tiroteio que resultou na morte de Tamerlan na mesma noite e na captura de Dzhokhar, ferido, no dia seguinte.

Kelly disse que os investigadores chegaram a esse plano a partir do depoimento de Dzhokhar, de 19 anos, no seu leito hospitalar em Boston. Ele já foi formalmente indiciado por crimes que podem levar à pena de morte.

"Ontem à noite, fomos informados pelo FBI (polícia federal) de que o agressor sobrevivente revelou que a cidade de Nova York vinha a seguir na sua lista de alvos", disse o prefeito da cidade de Nova York, Michael Bloomberg.

Miriam Conrad, advogada de Dzhokhar, não quis comentar nesta quinta-feira se o seu cliente continuava prestando informações aos investigadores.

Enquanto isso, o pai dos suspeitos disse que pretende viajar da Rússia para os Estados Unidos a fim de enterrar seu filho mais velho, Tamerlan, de 26 anos.

"Quero dizer que estou indo lá para ver meu filho (caçula), para enterrar o mais velho. Não tenho quaisquer más intenções, não planejo explodir nada", afirmou Anzor Tsarnaev a jornalistas em Makhachkala, capital da região russa do Daguestão.

O atentado de 15 de março junto à linha de chegada da Maratona de Boston, cometido com duas bombas caseiras montadas em panelas de pressão, deixou três mortos e 264 outros feridos.


A mãe dos rapazes, Zubeidat Tsarnaeva, negou inflamadamente que seus filhos tenham se envolvido no atentado e criticou a polícia dos Estados Unidos por atirar em Tamerlan enquanto ele era capturado.

Nos arredores de Washington, o foco continua sendo os dados de inteligência prévios ao atentado de Boston. Tamerlan Tsarnaev havia sido incluído em uma sigilosa lista federal de potenciais terroristas, e em duas ocasiões os EUA haviam sido alertados a respeito dele por autoridades russas.

Em audiências nesta semana no Congresso, parlamentares questionaram o FBI sobre supostos erros ao não monitorar o suspeito de origem chechena.

"Estamos na fase de caça às bruxas pós-evento, o que é previsível", disse James Clapper, diretor de Inteligência Nacional dos EUA, em conferência na Virgínia. "Acho que seria realmente uma boa ideia não hiperventilar por enquanto, até realmente termos todos os fatos." 

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