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Suspeitos de assassinato de opositor na Tunísia são presos

"A investigação avançou ao ponto de prendermos suspeitos", declarou à imprensa Larayedh, sem definir o número de detidos ou suas nacionalidades


	Chokri Belaid: a família de Chokri Belaid, opositor de esquerda anti-islamita assassinado com três disparos diante de sua casa em Túnis, acusou o partido Ennahda, ao qual pertence Jebali e Larayedh, do crime.
 (Fethi Belaid/AFP)

Chokri Belaid: a família de Chokri Belaid, opositor de esquerda anti-islamita assassinado com três disparos diante de sua casa em Túnis, acusou o partido Ennahda, ao qual pertence Jebali e Larayedh, do crime. (Fethi Belaid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 16h09.

Túnis - O ministro tunisiano do Interior, Ali Larayedh, anunciou nesta quinta-feira a prisão de suspeitos do assassinato do opositor Chokri Belaid, ocorrido em 6 de fevereiro passado, episódio que mergulhou o país numa crise.

"A investigação avançou ao ponto de prendermos suspeitos", declarou à imprensa Larayedh, sem definir o número de detidos ou suas nacionalidades.

"A investigação não conseguiu ainda a identificação do assassino, nem de quem está por trás do assassinato e seus motivos", acrescentou Larayedh, negando-se a dar mais detalhes ao evocar o segredo de instrução.

Larayedh, que falou à imprensa na presença do chefe de Governo renunciante, Hamadi Jebali, disse que o presidente se reuniu com os funcionários do ministério do Interior para pedir que continuem trabalhando para a formação de um novo governo.

A família de Chokri Belaid, opositor de esquerda anti-islamita assassinado com três disparos diante de sua casa em Túnis, acusou o partido Ennahda, ao qual pertence Jebali e Larayedh, do crime.

O partido desmentiu ter qualquer envolvimento na morte, que provocou distúrbios na Tunísia.

No dia do assassinato, Jebali defendeu a formação de um governo apolítico de tecnocratas, mas, ante a recusa de sua iniciativa por parte de seu próprio partido, resolveu renunciar ao cargo na terça-feira.

O Ennahda anunciou nesta quinta que Jebali rejeitou sua proposta de voltar a assumir o cargo e que realizará uma reunião de emergência de seu conselho ampliado para encontrar um sucessor.

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