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Suspeito de Boston escreveu confissão antes do atentado

No bilhete, o suspeito disse que o ataque era um "dano colateral" pela intervenção americana no Afeganistão e Iraque


	Dzhokhar Tsarnaev: ele escreveu ainda que não lamentava a morte do irmão e o mencionou como um mártir no paraíso
 (AFP)

Dzhokhar Tsarnaev: ele escreveu ainda que não lamentava a morte do irmão e o mencionou como um mártir no paraíso (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2013 às 13h43.

Nova York - Dzhokhar Tsarnaev, acusado, ao lado do irmão, Tamerlan, pelos atentados de 15 de abril em Boston, escreveu um bilhete, antes de ser capturado, afirmando que o ataque era um "dano colateral" pela intervenção americana no Afeganistão e Iraque.

Tsarnaev, atualmente hospitalizado, escreveu uma pequena carta no bote em que se escondeu da polícia durante horas antes de ser capturado em 19 de abril, de acordo com fontes ligadas à investigação citadas pelo canal CBS

No bilhete, o jovem de 19 anos afirma que os atentados na linha de chegada da Maratona de Boston, que deixaram três mortos e mais de 260 feridos, foi um castigo pela intervenção militar dos Estados Unidos no Afeganistão e Iraque.

Também afirma que as vítimas são um "dano colateral", como foram os muçulmanos nas guerras nesses países.

"Quando você ataca um muçulmano, atacas todos os muçulmanos", escreveu Tsarnaev, que cometeu os atentados com Tamerlan, de 26 anos, que foi morto em um confronto com a polícia três dias depois das explosões.

Dzhokhar escreveu ainda que não lamentava a morte do irmão e o mencionou como um mártir no paraíso, segundo as mesmas fontes.

A procuradoria federal de Boston acusa Dzhokhar de uso de armas de destruição em massa e destruição voluntária de bens com um aparelho explosivo. Se for considerado culpado, pode ser condenado à pena de morte.

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