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Supremo do Equador vincula ex-presidente com sequestro de ex-deputado

O ex-presidente é acusado de "formação de quadrilha" e sequestro de Balda, um dos mais conhecidos políticos opositores à gestão de Correa

Rafael Correa: O ex-presidente governou o Equador entre 2007 e 2017. (JUAN CEVALLOS/AFP)
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EFE

Publicado em 18 de junho de 2018 às 22h18.

Quito.- A Corte Nacional de Justiça do Equador (CNJ), que é o principal tribunal do país, vinculou nesta segunda-feira o ex-presidente Rafael Correa a um processo pelo sequestro do ex-deputado Fernando Balda, em 2012, na Colômbia, e determinou que ele se apresente no tribunal a cada 15 dias, a partir de 2 de julho.

Com base nos argumentos do Ministério Público, a juíza Daniella Camacho declarou a validade do caso e vinculou Correa, que atualmente mora na Bélgica, de onde é a sua esposa, Anne Malherbe Gosselin, ao caso. O ex-presidente é acusado de "formação de quadrilha" e sequestro de Balda, um dos mais conhecidos políticos opositores à gestão de Correa, que governou o Equador entre 2007 e 2017.

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Balda denunciou o sequestro em 2012, mas o Ministério Público iniciou uma investigação reservada e solicitou as primeiras versões. Conforme o relato do político, o sequestro aconteceu na Colômbia na noite de 13 de agosto de 2012, quando ele foi abordado por cinco pessoas - quatro homens e uma mulher - e colocado violentamente em um carro. O veículo foi localizado e uma pessoa foi detida pelas autoridades colombianas.

Apesar do Ministério Público do Equador ter solicitado como medida cautelar que Correa se apresentasse periodicamente na embaixada na Bélgica, a juíza decidiu que tal ação deve acontecer na secretaria da CNJ em Quito a cada 15 dias, já que o ex-presidente mantém a nacionalidade equatoriana. O advogado de defesa de Correa, Caupolicán Ochoa, anunciou que vai recorrer da decisão.

Ao final da audiência, manifestantes lançaram ovos e outros objetos contra jornalistas que trabalhavam no local e fizeram acusações de favorecimento aos interesses de grupos de direita, opostos ao governo de Correa. A Polícia isolou a região para evitar confrontos. EFE

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