Mundo

Suprema Corte vota contra lei de Obama para reduzir poluição

O governo deveria ter levado em conta os custos de aplicação quando decidiu limitar emissões de poluentes aéreos perigosos, segundo a Suprema Corte dos EUA


	Poluição: a decisão é um revés para o governo e deixa a regulação em um limbo legal
 (.)

Poluição: a decisão é um revés para o governo e deixa a regulação em um limbo legal (.)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 16h50.

Washington - A Suprema Corte dos Estados Unidos declarou nesta segunda-feira que o governo Obama deveria ter levado em conta os custos de aplicação quando decidiu limitar as emissões de mercúrio e de outros poluentes aéreos perigosos oriundos sobretudo das usinas movidas a carvão, um revés para o governo que deixa a regulação em um limbo legal.

Por um placar de 5 a 4, o tribunal, que tem uma maioria de cinco juízes conservadores, votou contra a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês).

A regra continua em vigor por enquanto e o caso volta à corte de apelação, que irá decidir se ela deve ou não ser descartada.

“A EPA está decepcionada porque a corte não confirmou a regra, mas esta regra foi emitida mais de três anos atrás, investimentos foram feitos e a maioria das usinas já está bem encaminhada para aplicá-la”, afirmou a agência em um comunicado.

A EPA “continua comprometida a garantir que padrões adequados sejam adotados para proteger o público da quantidade significativa de emissões tóxicas de instalações movidas a carvão e petróleo e continuar a reduzir a poluição tóxica destas instalações”, acrescentou a entidade.

O juiz Antonin Scalia, escrevendo em nome do tribunal, disse que uma provisão da Lei do Ar Limpo que declara que a EPA pode regulamentar o uso de mercúrio e de outros poluentes tóxicos em usinas de energia se o considerar “apropriado e necessário” deve ser interpretada de forma a incluir uma estimativa dos custos. A EPA tinha decidido que não tinha que fazê-lo a esta altura do processo.

“A agência deve considerar o custo – incluindo, o que é o mais importante, o custo de aplicação – antes de decidir se a regulação é apropriada e necessária”, escreveu Scalia.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticosPoluição

Mais de Mundo

Rússia diz que Biden deu a Zelensky “permissão suicida” para usar armas de longo alcance

França elogia decisão dos EUA de permitir uso de mísseis pela Ucrânia

Presidente do Paraguai está “estável”, diz primeiro boletim médico de hospital no RJ

Presidente paraguaio passa mal no G20 e é hospitalizado no Rio de Janeiro