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"Subprime" vira tema de campanha eleitoral nos EUA

Com os principais pré-candidatos americanos já em campanha, surgem sugestões das mais variadas para evitar que a expansão do crédito coloque em risco a economia

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

 

Causa recente de perdas de investidores em todo o mundo, o "subprime" (empréstimos para clientes de segunda linha) já virou um dos principais temas da eleição presidencial americana, que acontece em 2008. Os pré-candidatos democratas têm procurado apresentar propostas para evitar que a concessão irresponsável de crédito contribua para afundar a economia dos Estados Unidos, segundo o site de notícias econômicas CNN.Com.

O senador democrata Barack Obama, por exemplo, já apresentou um projeto para punir casos de fraude ou concessão predatória de crédito. A legislação tentaria evitar com que empresas de hipoteca fossem excessivamente agressivas ao liberar empréstimos aos clientes. As perdas com esses empréstimos são a origem da crise no "subprime". Com o fim da bolha imobiliária nos EUA, os clientes com um mau histórico de crédito que tinham tomado recursos em abundância tornaram-se inadimplentes ao perceberem que o valor de suas hipotecas era demasiado alto quando comparado ao preço dos imóveis. Como boa parte desses créditos de hipotecas estavam securitizados por meio da venda de títulos de crédito a investidores em Wall Street, o aumento da inadimplência levou perdas a também a bancos e fundos de investimento.

Outra proposta foi apresentada pelo ex-senador democrata John Edwards. Ele acredita ser necessária a criação de parâmetros para disciplinar a atividade dos corretores e também defende o estabelecimento de um banco de dados que registre o descumprimento de algumas novas obrigações que serão regulamentadas para essa profissional.

Na mesa linha, a senadora democrata Hillary Clinton propôs punições para corretores que "abusarem" na concessão de crédito e sejam lenientes com pessoas com histórico ruim de pagamento. Ela pediu a criação de um cadastro de financiadores de hipotecas. A Associação Nacional de Corretores de Hipotecas reagiu à proposta e afirmou que os corretores não podem ser considerados os únicos culpados pela crise no setor imobiliário americano. "Todo o sistema de hipotecas precisa ser examinado (...), da fase da venda da casa aos bancos, corretores e tomadores de crédito, assim como Wall Street e as agências de rating", afirmou a associação.

Outro pré-candidato democrata, o senador Christopher Dodd propôs a proibição de que corretores recebam comissões mais altas quando consigam vender imóveis financiados com juros maiores a seus clientes. Isso, segundo ele, torna mais difícil para os compradores dos imóveis pagar seus financiamentos e aumenta o risco de inadimplência. Outras de suas propostas prevêem o fim da cobrança de taxa para o pagamento antecipado de um empréstimo e a proibição da concessão de crédito sem a documentação que prove capacidade de pagamento.

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