Mundo

Strauss-Khan recomenda ajustes no câmbio à Ásia

Apesar do pedido, diretor do FMI elogiou recentes ações para equilibrar as taxas

O iuane, da China, é um dos maiores alvos de críticas quanto à taxa de câmbio (Arquivo/AFP)

O iuane, da China, é um dos maiores alvos de críticas quanto à taxa de câmbio (Arquivo/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 10h12.

Bangcoc - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, pediu nesta terça-feira aos bancos nacionais dos países da Ásia o ajuste das taxas de câmbio para evitar o reaquecimento de suas economias.

"O ajuste da taxa de câmbio, obviamente, vai ter um papel importante, é por isso que não se deve pôr resistência", assinalou Strauss-Kahn em discurso pronunciado em Cingapura.

"Na Ásia, as recentes ações de ajuste foram corretas, no entanto é provável que seja necessário fazer mais", acrescentou.

Em seu discurso, Strauss-Khan apontou que não descarta que em alguns países os coordenadores da política econômica avaliem a conveniência de estabelecer controles de capital em resposta à preocupação causada pelo fluxo continuo de fundos externos.

"Em alguns casos, talvez haja um retorno aos controles de capitais, mas estes não podem se transformar em um substituto das políticas macroeconômicas e preventivas", ressaltou o diretor- gerente do FMI.

Entre as políticas macroeconômicas de prevenção, Strauss-Khan apontou que será propício "endurecer as medidas contra a extensão do risco dos empréstimos em moeda estrangeira".

Strauss-Khan acrescentou que os países asiáticos, sobretudo a China, precisam diversificar suas fontes de crescimento econômico e adotar medidas para fortalecer a demanda interna.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCâmbioFMI

Mais de Mundo

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai