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Strauss-Kahn e escritora cara a cara na polícia

A escritora francesa acusa o ex-diretor do FMI de tentativa de estupro em 2003

Primeiro, Strauss-Kahn admitiu que fez "avanços" sobre a jovem, mas depois negou versão de Banon (Joel Saget/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 11h54.

Paris -O ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn , e a escritora francesa Tristane Banon, que o acusa de uma tentativa de estupro em 2003, foram submetidos nesta quinta-feira a uma acareação que durou duas horas e meia, última etapa da investigação preliminar aberta em julho pela promotoria.

"DSK reafirmou suas declarações e ela também", disse Henri Leclerc, um dos advogados de Strauss-Kahn, antes de negar que seu cliente tenha pedido desculpas.

"Não tem nenhum motivo para se desculpar", acrescentou o advogado.

Contactada pela AFP, Tristane Banon, que preferiu falar ao vivo às 20H00 local (15H00 de Brasília) pelo principal noticiário do canal de televisão francês TF1, negou-se a comentar a acareação de horas antes.

Com um leve sorriso e sem fazer declarações, Strauss-Kahn, de 62 anos, deixou a Brigada de Repressão da Delinquência da Pessoa (BRDP) pouco depois das 11h30 (6h30 de Brasília), onde havia chegado duas horas e meia antes.

Banon, de 32 anos, chegou à sede policial às 8h30 locais para participar desta acareação, realizada a pedido seu como parte das investigações abertas após a denúncia que apresentou em julho passado.

A acareação aconteceu sem a presença dos advogados e na mesma sala, o que não é comum em casos de crimes sexuais.

Os advogados de Strauss-Kahn indicaram que seu cliente estava "à disposição" da promotoria um dia após a mulher afirmar publicamente que queria uma acareação para que o ex-chefe do FMI dissesse cara a cara que os fatos que ela denunciou eram imaginários.

Strauss-Kahn foi até maio um dos homens mais poderosos do mundo. No dia 14 de maio, a camareira de um luxuoso hotel de Nova York o acusou de tentativa de estupro, pondo fim as suas aspirações às eleições presidenciais francesas de 2012, nas quais era o grande favorito contra o conservador Nicolas Sarkozy.

O ex-diretor do FMI nega qualquer ato de violência contra Banon.

Durante um primeiro interrogatório, no dia 12 de setembro, Strauss-Kahn admitiu que flertou com a jovem, e durante uma entrevista concedida à televisão dias depois de voltar à França afirmou que a versão dos fatos apresentada por Banon "é imaginária" e "caluniosa".

Banon afirma que em fevereiro de 2003, em um apartamento parisiense no qual Strauss-Kahn a recebeu para complementar uma entrevista realizada dias antes na Câmara de Deputados, o político tentou estuprá-la.

Em uma entrevista concedida em julho à revista L'Express que coincidiu com a apresentação de sua denúncia à promotoria, Banon referiu-se a alguns "detalhes sórdidos" do suposto comportamento de Strauss-Kahn: "Arrancou meus jeans e o sutiã", colocou "seus dedos na minha boca", "suas mãos em minha calcinha" e "compreendi que realmente queria me estuprar".

Esta acareação pode ser o último ato da investigação preliminar aberta pela promotoria. Os investigadores da polícia judiciária interrogaram cerca de 20 pessoas, entre elas a mãe de Banon, a líder socialista Anne Mansouret, que confessou ter tido relações sexuais com Strauss-Kahn.

Quando a polícia entregar um relatório à promotoria, ela terá três opções: declarar a prescrição dos fatos, arquivar a denúncia ou abrir um processo a cargo de um juiz de instrução.

Banon advertiu dias atrás que, se a denúncia for arquivada, apresentará uma ação na justiça civil, o que automaticamente supõe a nomeação de um juiz de instrução.

Embora a Promotoria de Nova York tenha retirado todas as acusações que pesavam contra ele no dia 23 de agosto, os problemas judiciais de Strauss-Kahn não acabaram nos Estados Unidos, onde a camareira já o processou na justiça civil.

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"DSK reafirmou suas declarações e ela também", disse Henri Leclerc, um dos advogados de Strauss-Kahn, antes de negar que seu cliente tenha pedido desculpas.

"Não tem nenhum motivo para se desculpar", acrescentou o advogado.

Contactada pela AFP, Tristane Banon, que preferiu falar ao vivo às 20H00 local (15H00 de Brasília) pelo principal noticiário do canal de televisão francês TF1, negou-se a comentar a acareação de horas antes.

Com um leve sorriso e sem fazer declarações, Strauss-Kahn, de 62 anos, deixou a Brigada de Repressão da Delinquência da Pessoa (BRDP) pouco depois das 11h30 (6h30 de Brasília), onde havia chegado duas horas e meia antes.

Banon, de 32 anos, chegou à sede policial às 8h30 locais para participar desta acareação, realizada a pedido seu como parte das investigações abertas após a denúncia que apresentou em julho passado.

A acareação aconteceu sem a presença dos advogados e na mesma sala, o que não é comum em casos de crimes sexuais.

Os advogados de Strauss-Kahn indicaram que seu cliente estava "à disposição" da promotoria um dia após a mulher afirmar publicamente que queria uma acareação para que o ex-chefe do FMI dissesse cara a cara que os fatos que ela denunciou eram imaginários.

Strauss-Kahn foi até maio um dos homens mais poderosos do mundo. No dia 14 de maio, a camareira de um luxuoso hotel de Nova York o acusou de tentativa de estupro, pondo fim as suas aspirações às eleições presidenciais francesas de 2012, nas quais era o grande favorito contra o conservador Nicolas Sarkozy.

O ex-diretor do FMI nega qualquer ato de violência contra Banon.

Durante um primeiro interrogatório, no dia 12 de setembro, Strauss-Kahn admitiu que flertou com a jovem, e durante uma entrevista concedida à televisão dias depois de voltar à França afirmou que a versão dos fatos apresentada por Banon "é imaginária" e "caluniosa".

Banon afirma que em fevereiro de 2003, em um apartamento parisiense no qual Strauss-Kahn a recebeu para complementar uma entrevista realizada dias antes na Câmara de Deputados, o político tentou estuprá-la.

Em uma entrevista concedida em julho à revista L'Express que coincidiu com a apresentação de sua denúncia à promotoria, Banon referiu-se a alguns "detalhes sórdidos" do suposto comportamento de Strauss-Kahn: "Arrancou meus jeans e o sutiã", colocou "seus dedos na minha boca", "suas mãos em minha calcinha" e "compreendi que realmente queria me estuprar".

Esta acareação pode ser o último ato da investigação preliminar aberta pela promotoria. Os investigadores da polícia judiciária interrogaram cerca de 20 pessoas, entre elas a mãe de Banon, a líder socialista Anne Mansouret, que confessou ter tido relações sexuais com Strauss-Kahn.

Quando a polícia entregar um relatório à promotoria, ela terá três opções: declarar a prescrição dos fatos, arquivar a denúncia ou abrir um processo a cargo de um juiz de instrução.

Banon advertiu dias atrás que, se a denúncia for arquivada, apresentará uma ação na justiça civil, o que automaticamente supõe a nomeação de um juiz de instrução.

Embora a Promotoria de Nova York tenha retirado todas as acusações que pesavam contra ele no dia 23 de agosto, os problemas judiciais de Strauss-Kahn não acabaram nos Estados Unidos, onde a camareira já o processou na justiça civil.

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