Starbucks anuncia saída da Rússia após 15 anos
Starbucks é a última da lista de grandes empresas deixando a Rússia. Rede de cafeterias teve a primeira loja aberta no país em 2007
Carolina Riveira
Publicado em 23 de maio de 2022 às 14h43.
Última atualização em 23 de maio de 2022 às 15h00.
A rede de cafeterias americana Starbucks anunciou nesta segunda-feira, 23, que deixará em definitivo o mercado da Rússia após 15 anos.
Uma das maiores redes de alimentação do mundo, a Starbucks tem 130 lojas na Rússia e quase 2 mil funcionários. As franquias da empresa no país operam sob o grupo Alshaya Group, que também encabeça a venda global de franquias de outras marcas internacionais.
A primeira loja da Starbucks na Rússia foi aberta em 2007.
Em comunicado, a empresa disse que continuará a apoiar seus funcionários na Rússia, incluindo com pagamentos por seis meses. A empresa não divulgou o impacto financeiro da saída.
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A Starbucks havia paralisado as operações em março, após o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro. A decisão veio na esteira de uma série de companhias multinacionais paralisando ou encerrando negócios na Rússia, em meio a sanções sem precedentes de potências ocidentais ao país.
A Starbucks é a última da lista de grandes empresas deixando a Rússia. Ainda no mercado de redes de alimentação, a decisão da Starbucks vem ainda dias depois de a rede de fast food McDonald's anunciar que estava deixando a Rússia em meio à guerra.
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O McDonald's já havia paralisado as operações no início da guerra ( gerando filas intensas em seus últimos dias de operação ), mas optou pela saída definitiva na semana passada. As operações serão vendidas a Alexander Govor, que tem a licença local da marca no país.
Recessão na Rússia
Com o êxodo de empresas e sanções, a expectativa é que a Rússia viva recessão em 2022. O próprio governo do país divulgou neste mês projeção de queda de quase 8% no produto interno bruto (PIB) para este ano.
Projeções de bancos e casas de análise internacionais dão conta de impactos que podem chegar a queda de mais de 10% do PIB.
Apesar disso, no primeiro trimestre (que teve dois meses ainda sem os impactos da guerra), o PIB da Rússia subiu 3,5%, segundo números divulgados nesta semana. O número representa desaceleração em relação ao crescimento de 4% no trimestre anterior, mas ainda não é o pior cenário previsto para a economia de Moscou, que deve se mostrar nos próximos trimestres.
Boa parte da alta foi gerada pelo aumento dos preços das commodities no mercado internacional, que beneficiam a cesta de exportações russas.
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