Mundo

Soldados dos EUA no Afeganistão lembram o 11/9

Estados Unidos invadiram o Afeganistão um mês depois dos atentados de 2001, para tirar os talibãs do poder, por terem dado refúgio à Al Qaeda e a Osama Bin Laden

Marines americano montam guarda junto a uma escultura que recorda as Torres Gêmeas e prédios de Nova York (AFP/Massoud Hossaini)

Marines americano montam guarda junto a uma escultura que recorda as Torres Gêmeas e prédios de Nova York (AFP/Massoud Hossaini)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 19h18.

Afeganistão - Soldados americanos prestaram homenagem solene neste domingo às vítimas dos atentados do 11 de setembro em todas as bases do Afeganistão - um país onde a guerra ainda faz muitos estragos, uma década depois dos ataques às Torres Gêmeas.

As cerimônias foram realizadas, especialmente, nas bases militares americanas de Bagram no norte e Kandahar no sul.

Os Estados Unidos invadiram o Afeganistão um mês depois dos atentados de 2001, para tirar os talibãs do poder, por terem dado refúgio à Al-Qaeda e a seu líder Osama Bin Laden. Mas os talibãs conseguiram se levantar depois e partir para uma insurgência sangrenta.

Na base de Fob Fenty, na cidade de Jalalabad (leste), centenas de soldados participaram no alvorecer de cerimônias de oração e homenagem, com a bandeira dos Estados Unidos a meio pau, para simbolizar o luto.

"Aqui tudo começou e aqui também tudo acabará", disse o sargento Andrew Spano, que leu em seguida os nomes de todos os soldados americanos mortos no Afeganistão.

Na embaixada americana, em Cabul, o comandante das forças da coalizão, general John Allen, e o embaixador Ryan Crocker, reuniram dezenas de funcionários e soldados para uma cerimônia de hasteamento da bandeira e preces.

Segundo Allen, "vimos sofrendo revezes e momentos difíceis. Sem dúvida, há muitos desafios pela frente. Mas hoje, neste sagrado dia, posso dizer com confiança que, juntos, trilhamos o caminho do êxito no Afeganistão".

Crocker admitiu o "cansaço" dos americanos com 10 anos de guerra e o grande número de baixas (mais de 1.750 soldados americanos, desde o começo do conflito) e um grande custo (444 bilhões de dólares).

"Alguns, ao voltar para casa, perguntam-se por que estamos aqui (...) Estamos aqui para que nunca haja um outro 11/9 vindo do solo afegão", disse o embaixador.

Segundo estudo da Brown University dos Estados Unidos, um total de 33.877 pessoas (incluindo soldados afegãos e estrangeiros, civis e insurgentes) morreram nesta década de guerra.

Enquanto isto, 89 nove pessoas, entre elas 50 soldados americanos, ficaram feridos num atentado suicida, sábado, com caminhão-bomba na base da Otan, no centro do Afeganistão, informou um comunicado da Isaf, a Força Internacional de Assistência à Segurança, da Aliança Atlântica.

A ação, na véspera do 10º aniversário dos atentados do 11 de setembro de 2001, em Nova York e Washington, foi assumida pelos talibãs, em seu site na internet.

"Um suicida acionou os explosivos com os quais carregou o caminhão na entrada do Posto de Combate Avançado (COP) de Sayed Abad, província de Wardak", precisou a nota.

Além dos feridos, a explosão abriu um buraco de 6 metros no muro", declarou à AFP o comandante David Eastburn, porta-voz do exército americano perto de Jalalabad.

Acompanhe tudo sobre:11-de-SetembroAfeganistãoÁsiaAtaques terroristasEstados Unidos (EUA)Países ricosTerrorismo

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru