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Sobe para 92 o número de mortos nos atentados na Noruega

O país, de luto pela explosão e o massacre no acampamento, chora seus mortos

Bombeiros avaliam cenário da "maior matança na Europa desde 2004" (Roald Berit/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2011 às 12h49.

A Noruega amanheceu de luto neste sábado pelos 92 mortos nos dois ataques de sexta-feira em Oslo, segundo um novo balanço ainda provisório divulgado pela polícia.

Pelo menos 85 pessoas morreram no ataque a tiros em meio a uma reunião de jovens trabalhistas na ilha de Utoeya, perto de Oslo, e outros sete na explosão de uma bomba no bairro dos ministérios, na capital norueguesa. Os atentados estão sendo considerados a maior matança na Europa desde os de 11 de março de 2004 em Madri, quando morreram 191 pessoas.

Ainda segundo a polícia, o suspeito desses atos é um "fundamentalista cristão", de 32 anos, que está sendo interrogado neste sábado e que foi identificado pela imprensa norueguesa como Anders Behring Breivik. O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, qualificou de "tragédia nacional" o duplo atentado.

"Nosso país jamais havia sido afetado por um crime desta magnitude desde a Segunda Guerra Mundial", declarou Stoltenberg durante entrevista à imprensa."É um pesadelo", afirmou, referindo-se "ao medo, ao sangue e à morte" que enfrentaram os jovens.

"O fato dói ainda mais porque Utoeya é um lugar onde vou a cada verão, desde 1974. Ali conheci a alegria, o compromisso e a segurança. O local, famoso agora por uma violência brutal, era um paraíso da juventude que se transformou em inferno, em poucas horas", precisou.

O suspeito de autoria do atentado a bomba no centro de Oslo na sexta-feira, havia comprado seis toneladas de fertilizantes no começo de maio, informou uma porta-voz da Central de Compras Agrícolas.


"Vendemos a ele as seis toneladas de fertilizantes, o que representa um pedido relativamente diferente", declarou à AFP Oddny Estenstad. Ela não quis precisar a natureza dos produtos fornecidos, nem se poderiam entrar na composição de explosivos artesanais.

Segundo o canal TV2, o suspeito está vinculado a extremistas da ultradireita e possía duas armas registradas em seu nome. Outro meio de comunicação norueguês informou que o homem se apresentava em sua conta no Facebook como "conservador", "cristão", e interessado em caça e videogames como World of Warcraft e Modern Warfare 2.

O rei Harald da Noruega, a rainha Sonja e seu filho, o príncipe herdeiro Haakon, visitaram neste sábado os sobreviventes dos tiros disparados por um atirador, com o chefe de Governo e alguns ministros acompanhando a família real.

"Estou muito impressionado com o que aconteceu", lamentou o primeiro-ministro Jens Stoltenberg diantes das câmeras de televisão. "A Noruega está de luto ao lado dos familiares das vítimas", acrescentou.

Stoltenberg contou que se emocionou ao conversar com um adolescente que salvou um ferido se jogando em um lago com ele e nadando, carregando o amigo, até a costa, para fugir dos tiros.

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A Noruega amanheceu de luto neste sábado pelos 92 mortos nos dois ataques de sexta-feira em Oslo, segundo um novo balanço ainda provisório divulgado pela polícia.

Pelo menos 85 pessoas morreram no ataque a tiros em meio a uma reunião de jovens trabalhistas na ilha de Utoeya, perto de Oslo, e outros sete na explosão de uma bomba no bairro dos ministérios, na capital norueguesa. Os atentados estão sendo considerados a maior matança na Europa desde os de 11 de março de 2004 em Madri, quando morreram 191 pessoas.

Ainda segundo a polícia, o suspeito desses atos é um "fundamentalista cristão", de 32 anos, que está sendo interrogado neste sábado e que foi identificado pela imprensa norueguesa como Anders Behring Breivik. O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, qualificou de "tragédia nacional" o duplo atentado.

"Nosso país jamais havia sido afetado por um crime desta magnitude desde a Segunda Guerra Mundial", declarou Stoltenberg durante entrevista à imprensa."É um pesadelo", afirmou, referindo-se "ao medo, ao sangue e à morte" que enfrentaram os jovens.

"O fato dói ainda mais porque Utoeya é um lugar onde vou a cada verão, desde 1974. Ali conheci a alegria, o compromisso e a segurança. O local, famoso agora por uma violência brutal, era um paraíso da juventude que se transformou em inferno, em poucas horas", precisou.

O suspeito de autoria do atentado a bomba no centro de Oslo na sexta-feira, havia comprado seis toneladas de fertilizantes no começo de maio, informou uma porta-voz da Central de Compras Agrícolas.


"Vendemos a ele as seis toneladas de fertilizantes, o que representa um pedido relativamente diferente", declarou à AFP Oddny Estenstad. Ela não quis precisar a natureza dos produtos fornecidos, nem se poderiam entrar na composição de explosivos artesanais.

Segundo o canal TV2, o suspeito está vinculado a extremistas da ultradireita e possía duas armas registradas em seu nome. Outro meio de comunicação norueguês informou que o homem se apresentava em sua conta no Facebook como "conservador", "cristão", e interessado em caça e videogames como World of Warcraft e Modern Warfare 2.

O rei Harald da Noruega, a rainha Sonja e seu filho, o príncipe herdeiro Haakon, visitaram neste sábado os sobreviventes dos tiros disparados por um atirador, com o chefe de Governo e alguns ministros acompanhando a família real.

"Estou muito impressionado com o que aconteceu", lamentou o primeiro-ministro Jens Stoltenberg diantes das câmeras de televisão. "A Noruega está de luto ao lado dos familiares das vítimas", acrescentou.

Stoltenberg contou que se emocionou ao conversar com um adolescente que salvou um ferido se jogando em um lago com ele e nadando, carregando o amigo, até a costa, para fugir dos tiros.

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