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Sobe para 61 número de mortes em protestos na Nicarágua

Maioria de manifestantes que perderam a vida são jovens estudantes universitários, além de dois adolescentes, dois policiais e um jornalista

Nicarágua: crise no país começou há um mês com grandes manifestações a favor e contra o presidente Daniel Ortega (REUTERS/Oswaldo Rivas/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de maio de 2018 às 18h13.

Pelo menos 61 pessoas morreram em um mês de protestos contra o presidente Daniel Ortega na Nicarágua , segundo informou o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh) nesta sexta-feira.

A maioria das pessoas morreram durante incidentes violentos ocorridos entre 18 e 22 de abril nos campi e arredores da Universidade Politécnica da Nicarágua (Upoli) e da Universidade Nacional de Engenharia (UNI), segundo o Cenidh, que só confirma as mortes após constatada a existência do corpo e o reconhecimento das famílias.

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Outras organizações humanitárias informaram que a quantidade de mortos é de pelo menos 65. A maioria de manifestantes que perderam a vida são estudantes universitários e jovens, embora também tenham sido contabilizados dois adolescentes, dois policiais e um jornalista.

Quase todos os mortos foram vítimas da Polícia Nacional, da Juventude Sandinista ou das forças de choque de Ortega, segundo as organizações defensoras dos direitos humanos, que chamaram a ação para um "massacre estudantil".

Nesta sexta-feira a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) iniciou uma missão de trabalho de quatro dias para investigar as faltas infringidas à população durante cinco semanas de protestos.

A crise na Nicarágua começou há um mês com grandes manifestações a favor e contra Ortega, que começaram com protestos da oposição a reformas na Previdência e continuaram devido às vítimas dos atos de repressão.

O diálogo nacional entre o governo, o setor privado, estudantes e sociedade civil, com a mediação da Igreja Católica, tem como objetivo tentar superar a crise na Nicarágua.

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