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Sobe para 134 número de mortos em protestos na Nicarágua

As vítimas morreram após a repressão violenta contra manifestantes antigoverno que acontecem desde 18 de abril

Grupos armados atacaram na quarta à noite jovens manifestantes que queriam fechar o tráfego na cidade de Chinandega (Oswaldo Rivas/Reuters)
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AFP

Publicado em 7 de junho de 2018 às 15h12.

Pelo menos 134 pessoas morreram como resultado da repressão violenta na Nicarágua contra manifestantes antigoverno que tomam as ruas desde 18 de abril, informou um grupo humanitário nesta quinta-feira.

"Contabilizamos 134 mortos até esta quinta-feira, incluindo três jovens que morreram na noite de quarta-feira na cidade de Chinandega (noroeste) e outro na Nova Guiné (norte)", confirmou à AFP a diretora executiva do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), Marlin Sierra.

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Grupos armados, conhecidos como "turbas", atacaram na quarta-feira à noite jovens manifestantes que queriam fechar o tráfego na cidade de Chinandega, capital do departamento de mesmo nome, que se conecta a um dos postos de fronteira com Honduras, segundo a imprensa local.

Os três jovens foram atingidos por balas e morteiros durante o ataque. Entre as vítimas está um estudante da Universidade Autônoma da Nicarágua (Unan) da cidade de León, José Casco, que veio para apoiar os manifestantes de Chinandega.

Os protestos contra o governo de Daniel Ortega se agravaram esta semana com bloqueios nas estradas em quase todo o país.

O presidente concordou em se reunir esta tarde com os bispos da Conferência Episcopal para discutir a possibilidade de retomar o diálogo que os religiosos estavam mediando desde maio, e que foi suspenso devido à recusa do governo em cessar a repressão contra os manifestantes.

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