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Síria cometeu crimes contra a humanidade, diz ONU

Relatório feito pela organização acusa as forças de segurança de matarem e torturarem manifestantes

Mortes na Síria: ONU está preocupada com a questão (Khaled Desouki/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 12h54.

Genebra - Os militares e as forças de segurança da Síria cometeram crimes contra a humanidade durante a repressão das manifestações contra o regime, afirmaram investigadores designados pelas Nações Unidas em um relatório publicado nesta segunda-feira, em Genebra.

"A comissão está muito preocupada porque foram cometidos crimes contra a humanidade em diversas regiões da Síria durante o período examinado", indicaram os três membros da Comissão Independente de Investigação sobre a Síria, considerando que as forças de segurança e o exército eram responsáveis por este atos.

As forças do regime mataram, estupraram e torturam manifestantes desde que começaram os protestos, em março passado, de acordo com as provas reunidas por esta comissão.

O painel entrevistou 223 vítimas e testemunhas, entre as quais desertores das forças de segurança que receberam ordens de disparar para matar os manifestantes, e assinalaram casos de crianças que foram torturadas até a morte.

Estes testemunhos mostram que foram realizadas execuções sumárias, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, torturas, algumas das quais com violências sexuais, assim como violações dos direitos das crianças. Desde o início dos protestos, cerca de 3.500 pessoas morreram na Síria.

"A simples escala e modelo dos ataques dos militares e as forças de segurança contra civis e bairros de civis, assim como a destruição generalizada da propriedade, só podem ser possíveis com a aprovação ou cumplicidade do Estado", concluiu a comissão.

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Genebra - Os militares e as forças de segurança da Síria cometeram crimes contra a humanidade durante a repressão das manifestações contra o regime, afirmaram investigadores designados pelas Nações Unidas em um relatório publicado nesta segunda-feira, em Genebra.

"A comissão está muito preocupada porque foram cometidos crimes contra a humanidade em diversas regiões da Síria durante o período examinado", indicaram os três membros da Comissão Independente de Investigação sobre a Síria, considerando que as forças de segurança e o exército eram responsáveis por este atos.

As forças do regime mataram, estupraram e torturam manifestantes desde que começaram os protestos, em março passado, de acordo com as provas reunidas por esta comissão.

O painel entrevistou 223 vítimas e testemunhas, entre as quais desertores das forças de segurança que receberam ordens de disparar para matar os manifestantes, e assinalaram casos de crianças que foram torturadas até a morte.

Estes testemunhos mostram que foram realizadas execuções sumárias, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, torturas, algumas das quais com violências sexuais, assim como violações dos direitos das crianças. Desde o início dos protestos, cerca de 3.500 pessoas morreram na Síria.

"A simples escala e modelo dos ataques dos militares e as forças de segurança contra civis e bairros de civis, assim como a destruição generalizada da propriedade, só podem ser possíveis com a aprovação ou cumplicidade do Estado", concluiu a comissão.

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