Mundo

Síria admite possibilidade de discutir renúncia de Assad

Ditadura síria provocou uma guerra civil há um ano e meio, que já deixou milhares de mortos

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 13h57.

Um alto funcionário do governo sírio afirmou nesta terça-feira em Moscou que Damasco admite a possibilidade de discutir a renúncia de Bashar Assad na busca por uma solução para uma guerra civil iniciada há um ano e meio e que já deixou milhares de mortos.

"Até onde é possível falar desse tema, fazer da renúncia em si uma condição para o diálogo significa que esse diálogo nunca irá acontecer", disse o vice-primeiro-ministro Qadri Jamil durante visita a Moscou. "Mas eventuais problemas podem ser discutidos durante as negociações. Estamos prontos até mesmo para discutir esse assunto", afirmou Jamil, segundo intérpretes russos.

Mais cedo, Jamil havia advertido aos Estados Unidos que não cogitassem a possibilidade de intervir militarmente em seu país. O vice-primeiro-ministro qualificou comentários feitos ontem pelo presidente dos EUA, Barack Obama, como "ameaças propagandísticas" vinculadas à campanha eleitoral norte-americana.

Segundo Jamil, as declarações de Obama são um indício de que o Ocidente estaria apenas em busca de um pretexto para uma intervenção militar na Síria. Na opinião do vice-primeiro-ministro, porém, tal intervenção seria "impossível".

"Aqueles que cogitam essa possibilidade querem evidentemente ver a crise extrapolar as fronteiras sírias", disse ele.

Ontem, Obama disse que os EUA reconsiderariam sua atual contrariedade a um envolvimento militar na Síria se o governo movimentar ou usar armas químicas ou biológicas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadDitaduraGuerrasPolíticosSíria

Mais de Mundo

Com Lula e sem Milei, encontro do Mercosul marca entrada da Bolívia e terá recados à Venezuela

Beryl ganha força e volta a categoria de furacão antes de chegar ao Texas

Kiev e outras cidades da Ucrânia são bombardeadas e um hospital pediátrico é atingido

Trabalhadores da Samsung começam paralisação geral na Coreia do Sul

Mais na Exame