Exame Logo

Sinos da Cisjordânia anunciarão reconhecimento da Palestina

Esse será o último dos atos populares previstos hoje pelo governo do presidente da Autoridade Nacional Paletina, Mahmoud Abbas, para aprovar seu pedido à ONU

Palestinos agitam bandeiras durante manifestação em Ramallah, Cisjordânia: vários atos comemorativos foram organizados (Abbas Momani/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 09h18.

Jerusalém - Os sinos das igrejas da Cisjordânia badalarão por volta da meia-noite desta quinta-feira para anunciar o reconhecimento da Palestina como estado observador da ONU, informou a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O som dos sinos, em comemoração, será o último dos atos populares previstos hoje pelo governo do presidente da Autoridade Nacional Paletina, Mahmoud Abbas, para aprovar seu pedido à Assembleia Geral, em um dia que se tornou uma verdadeira festa por todo o território autônomo sob sua responsabilidade.

As celebrações começaram às 11h locais (7h de Brasília) com uma concentração popular ao som de música na Praça Yasser Arafat, em Ramala, com participação dos grupos palestinos "Al Hanoneh" e "Fononiat".

A meio-dia, dirigentes políticos do partido Fatah, presidido por Abbas, do movimento islamita Hamas e dos grupos Jihad Islâmica e Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) falarão aos participantes, segundo o programa divulgado.

Após anos de rivalidade, os grupos islamitas Hamas e Jihad apoiaram o pedido de Abbas à ONU na segunda-feira e defenderam que a aposta internacional seja baseada em perspectiva e estratégia nacionais, em benefício do conjunto dos palestinos, e não de interesses partidários.

Nesse sentido, os palestinos receberam a votação, que acontecerá na Assembleia Geral por volta de meia-noite, como uma jornada de festa nacional e bandas musicais e membros dos escoteiros marcharão pelas ruas das principais cidades na Cisjordânia ao longo do dia todo.


Assim, cerca de 4 mil alunos da escola luterana Talita Kumi de Beit Jala, próxima a Belém, marcharão pelas ruas com um livro que prepararam para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e no qual o lembrarão da situação dos palestinos.

Washington, que no ano passado vetou no Conselho de Segurança um pedido palestino para ser membro da organização, se alinhou desta vez a Israel e, segundo todos os indícios, votará contra reconhecer a Palestina como Estado observador.

A OLP também convocou vários atos comemorativos em Jerusalém Oriental, onde vivem cerca de 250 mil palestinos e o governo deseja declarar a capital de seu futuro Estado, mas não revela nenhum detalhe para impedir que as autoridades israelenses os ebarguem.

Os atos populares chegarão a seu auge por volta das 21h locais (17h de Brasília), quando o presidente Abbas deve falar à Assembleia Geral em discurso que será transmitido ao vivo para a Cisjordânia por telões dispostos nas principais praças das cidades.

Em Belém, curiosamente, o discurso será projetado sobre o muro de concreto que foi construído por Israel a partir de 2003 e que desde então a separa de Jerusalém.

Veja também

Jerusalém - Os sinos das igrejas da Cisjordânia badalarão por volta da meia-noite desta quinta-feira para anunciar o reconhecimento da Palestina como estado observador da ONU, informou a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O som dos sinos, em comemoração, será o último dos atos populares previstos hoje pelo governo do presidente da Autoridade Nacional Paletina, Mahmoud Abbas, para aprovar seu pedido à Assembleia Geral, em um dia que se tornou uma verdadeira festa por todo o território autônomo sob sua responsabilidade.

As celebrações começaram às 11h locais (7h de Brasília) com uma concentração popular ao som de música na Praça Yasser Arafat, em Ramala, com participação dos grupos palestinos "Al Hanoneh" e "Fononiat".

A meio-dia, dirigentes políticos do partido Fatah, presidido por Abbas, do movimento islamita Hamas e dos grupos Jihad Islâmica e Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) falarão aos participantes, segundo o programa divulgado.

Após anos de rivalidade, os grupos islamitas Hamas e Jihad apoiaram o pedido de Abbas à ONU na segunda-feira e defenderam que a aposta internacional seja baseada em perspectiva e estratégia nacionais, em benefício do conjunto dos palestinos, e não de interesses partidários.

Nesse sentido, os palestinos receberam a votação, que acontecerá na Assembleia Geral por volta de meia-noite, como uma jornada de festa nacional e bandas musicais e membros dos escoteiros marcharão pelas ruas das principais cidades na Cisjordânia ao longo do dia todo.


Assim, cerca de 4 mil alunos da escola luterana Talita Kumi de Beit Jala, próxima a Belém, marcharão pelas ruas com um livro que prepararam para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e no qual o lembrarão da situação dos palestinos.

Washington, que no ano passado vetou no Conselho de Segurança um pedido palestino para ser membro da organização, se alinhou desta vez a Israel e, segundo todos os indícios, votará contra reconhecer a Palestina como Estado observador.

A OLP também convocou vários atos comemorativos em Jerusalém Oriental, onde vivem cerca de 250 mil palestinos e o governo deseja declarar a capital de seu futuro Estado, mas não revela nenhum detalhe para impedir que as autoridades israelenses os ebarguem.

Os atos populares chegarão a seu auge por volta das 21h locais (17h de Brasília), quando o presidente Abbas deve falar à Assembleia Geral em discurso que será transmitido ao vivo para a Cisjordânia por telões dispostos nas principais praças das cidades.

Em Belém, curiosamente, o discurso será projetado sobre o muro de concreto que foi construído por Israel a partir de 2003 e que desde então a separa de Jerusalém.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseIsraelPalestina

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame