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Sindicatos pedem para serem ouvidos em negociações na Europa

A CES e a CCSCS reivindicaram que as negociações entre Europa e Mercosul "não conduzam só a um acordo de livre-comércio, mas que inclua também aspectos sociais"


	União Europeia: as duas plataformas sindicais se pronunciaram depois de a UE e o Brasil decidirem hoje marcar uma conferência técnica dia 21 de março
 (Kriss Szkurlatowski/Stock.xchng)

União Europeia: as duas plataformas sindicais se pronunciaram depois de a UE e o Brasil decidirem hoje marcar uma conferência técnica dia 21 de março (Kriss Szkurlatowski/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 15h16.

Bruxelas - Os sindicatos europeus e do cone sul pediram que União Europeia (UE) e Brasil que "escutem" suas posições, caso as negociações que estão estagnadas há anos entre eles avancem.

A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) e a Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), em comunicado publicado durante a cúpula bilateral entre UE e Brasil, reivindicaram que as negociações entre Europa e Mercosul "não conduzam só a um acordo de livre-comércio, mas que inclua também aspectos sociais".

"Se uma nova fase nas negociações tomar forma, a CES e a CCSCS pedem que ela se caracterize pela transparência quanto à disponibilidade de informação para a opinião pública e uma consulta verdadeira com representantes da sociedade civil", afirmaram os grupos sindicais.

"E exigimos que os movimentos sindicais sejam ouvidos durante as rodadas de negociações", continuaram.

As duas plataformas sindicais se pronunciaram depois de a UE e o Brasil decidirem hoje marcar uma conferência técnica dia 21 de março, que esperam servir para desbloquear definitivamente as negociações entre Europa e os países do Mercosul, estagnadas há anos.

"O Mercosul está fazendo um grande esforço para consolidar sua oferta. Tenho certeza que houve uma grande evolução, tenho certeza que o lado europeu vai fazer o mesmo e será uma grande contribuição que vamos dar para a recuperação econômica dos países do mundo, em especial de regiões importantes como é o caso do Mercosul e da União Europeia", disse a presidente Dilma Rousseff no término da cúpula.

A delegação brasileira quis tirar peso dentro da agenda do encontro de hoje às negociações sobre Mercosul, já que o Brasil não está na presidência rotatória do bloco sul-americano. Especula-se que UE e o país poderiam estar interessados em fechar um acordo bilateral primeiro, para depois estendê-lo ao resto dos países (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela).

Tanto a UE como o Brasil insistiram em que têm todo o interesse em conseguir um acordo com o conjunto de países do Mercosul, sem especificar se a possibilidade de um acordo em duas etapas foi explorado na reunião desta segunda-feira.

"A negociação do acordo de associação do Mercosul é muito importante. Continuamos comprometidos em conseguir um acordo ambicioso, amplo e equilibrado", afirmou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, após o encontro. 

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