Sindicatos gregos prolongam próxima greve geral para 48 horas
Até essa data terá tramitado no Parlamento uma lei que inclui o congelamento dos acordos setoriais entre os trabalhadores e a patronal até 2015
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2011 às 18h55.
Atenas - Os sindicatos majoritários dos trabalhadores do setor privado e dos funcionários públicos da Grécia anunciaram nesta quinta-feira que prolongarão a greve geral de 24 horas prevista para próxima quarta-feira para 48 horas em protesto contra um projeto de lei que corta salários e causa demissões.
'Decidimos de forma extraordinária estender a greve para 48 horas já que o Governo decidiu avançar com a votação de uma lei selvagem', anunciou em comunicado o sindicato de funcionários Adedy, que representa mais de 400 mil empregados.
Por sua parte, o sindicato GSEE, que representa os trabalhadores do setor privado e as empresas semiestatais, com um total de 1,5 milhões de filiados, informou que decidiu 'prolongar a greve geral do dia 19 de outubro também para o dia seguinte'.
Até essa data terá tramitado no Parlamento uma lei que inclui o congelamento dos acordos setoriais entre os trabalhadores e a patronal até 2015, deixando os trabalhadores expostos a que os empresários cheguem a acordos de salários menores ao acordo coletivo nacional.
Segundo o ministro das Finanças da Grécia, Vangelis Venizelos, é necessário aprovar esse artigo incluído no projeto da lei que será votado possivelmente no próximo dia 20 de outubro, já que disso depende a aprovação do sexto lance do empréstimo - de 8 bilhões de euros - concedido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O GSEE qualificou as medidas anunciadas pelo Governo como 'políticas que não dão soluções e que são catastróficas para os trabalhadores e para a sociedade.'
Com a lei também serão reduzidos os salários nas empresas semiestatais em 60% dos valores de 2009, anunciou Venizelos.
O chamado 'multiprojeto' provocou o protesto da oposição e também de alguns deputados do partido governamental socialista Pasok. Vários políticos expressaram seu mal-estar e consideraram a possibilidade de renunciar.
Porém, até o momento, nenhum deputado governista declarou publicamente que votará contra a lei, o que é de suma importância, uma vez que o Governo conta com uma estreita maioria parlamentar de 154 deputados em um total de 300.
Atenas ficou paralisada hoje pela greve completa do transporte público que se repetirá amanhã e à qual se somarão os taxistas que declararam que 'pagarão inclusive com suas vidas' para que o Governo não avance com a planejada liberalização da profissão. EFE
Atenas - Os sindicatos majoritários dos trabalhadores do setor privado e dos funcionários públicos da Grécia anunciaram nesta quinta-feira que prolongarão a greve geral de 24 horas prevista para próxima quarta-feira para 48 horas em protesto contra um projeto de lei que corta salários e causa demissões.
'Decidimos de forma extraordinária estender a greve para 48 horas já que o Governo decidiu avançar com a votação de uma lei selvagem', anunciou em comunicado o sindicato de funcionários Adedy, que representa mais de 400 mil empregados.
Por sua parte, o sindicato GSEE, que representa os trabalhadores do setor privado e as empresas semiestatais, com um total de 1,5 milhões de filiados, informou que decidiu 'prolongar a greve geral do dia 19 de outubro também para o dia seguinte'.
Até essa data terá tramitado no Parlamento uma lei que inclui o congelamento dos acordos setoriais entre os trabalhadores e a patronal até 2015, deixando os trabalhadores expostos a que os empresários cheguem a acordos de salários menores ao acordo coletivo nacional.
Segundo o ministro das Finanças da Grécia, Vangelis Venizelos, é necessário aprovar esse artigo incluído no projeto da lei que será votado possivelmente no próximo dia 20 de outubro, já que disso depende a aprovação do sexto lance do empréstimo - de 8 bilhões de euros - concedido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O GSEE qualificou as medidas anunciadas pelo Governo como 'políticas que não dão soluções e que são catastróficas para os trabalhadores e para a sociedade.'
Com a lei também serão reduzidos os salários nas empresas semiestatais em 60% dos valores de 2009, anunciou Venizelos.
O chamado 'multiprojeto' provocou o protesto da oposição e também de alguns deputados do partido governamental socialista Pasok. Vários políticos expressaram seu mal-estar e consideraram a possibilidade de renunciar.
Porém, até o momento, nenhum deputado governista declarou publicamente que votará contra a lei, o que é de suma importância, uma vez que o Governo conta com uma estreita maioria parlamentar de 154 deputados em um total de 300.
Atenas ficou paralisada hoje pela greve completa do transporte público que se repetirá amanhã e à qual se somarão os taxistas que declararam que 'pagarão inclusive com suas vidas' para que o Governo não avance com a planejada liberalização da profissão. EFE