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Sindicatos da educação fazem gigantesca passeata no Uruguai

A manifestação terminou na frente da sede do Poder Executivo, com inflamados discursos contra a esquerda no poder

Professores organizam protesto no uruguai (©afp.com / miguel rojo)

Professores organizam protesto no uruguai (©afp.com / miguel rojo)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2013 às 12h07.

Montevideu - Uma corrente humana de professores vestidos de branco abriu nesta sexta-feira, em Montevidéu, uma enorme passeata da educação, em meio à dura queda de braço por melhorias salariais.

A manifestação terminou na frente da sede do Poder Executivo, com inflamados discursos contra a esquerda no poder.

"Aqui está a verdadeira seleção uruguaia, a que joga e sua a camisa todos os dias na sala de aula, mas chegamos ao fim do mês com dois pesos nos bolsos", afirmou Shirley Porteiro, da Associação de Docentes do Ensino Secundário de Montevidéu (ADES).

Shirley Porteiro criticou "esses caras que foram nossos ídolos" que são "de barro (porque) a chuva desmanchou todos eles", em referência aos líderes de esquerda que governam o Uruguai e à histórica e próxima relação dos sindicalistas com o governista Frente Ampla (FA).

Durante a mobilização, vieram à tona as divergências dos setores sindicais com a diretoria da central dos trabalhadores (PIT-CNT), os quais criticam por sua proximidade com o governo.

O conflito envolve os professores de escolas técnicas, os sindicatos de professores e os professores de ensino secundária, assim como os funcionários auxiliares, na Universidade da República (pública), o Hospital das Clínicas (universitário) e os institutos de formação docente.

Os professores exigem um salário mínimo de 22.000 pesos uruguaios, cerca de 1.100 dólares. Atualmente, está em cerca de 700 dólares. A essa reivindicação o governo respondeu que já tem um acordo com os sindicatos para concretizar um aumento de salário real de 22,8% no quinquênio (2010-2015).

O Executivo ofereceu, por sua vez, antecipar para 2014 o aumento de 3% previsto para 2015, proposta fortemente rejeitada pelos sindicatos.

Os sindicatos advertiram que vão continuar sua luta com novas mobilizações e ocupações, que reuniu nas últimas horas várias escolas pela primeira vez na história de Montevidéu.

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