Soldado sul-coreano: todos os sul-coreanos que estavam em Kaesong foram expulsos depois de recolher seus objetos pessoais (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 08h19.
Seul advertiu nesta sexta-feira a Coreia do Norte, alegando que ela agiu de maneira ilegal ao congelar os bens sul-coreanos na zona industrial intercoreana de Kaesong, uma nova escalada nas crescentes tensões na península desde o quarto teste nuclear norte-coreano.
Pyongyang anunciou na quinta-feira que fechava completamente este complexo industrial situado em seu território e o submetia a um controle militar, em resposta à decisão unilateral de Seul de suspender as operações.
Esta decisão a respeito do complexo industrial, que se apresentava como um símbolo da reconciliação, ilustra o aumento da tensão entre as duas Coreias após o teste nuclear norte-coreano de 6 de janeiro e o lançamento de um foguete por Pyongyang no domingo.
Todos os sul-coreanos que estavam em Kaesong, situado a 10 quilômetros da fronteira entre os dois países, foram expulsos depois de recolher seus objetos pessoais.
A Coreia do Norte ordenou, por sua vez, o congelamento de todos os bens sul-coreanos, matérias-primas, produtos e equipamentos.
O ministro sul-coreano de Unificação, Hong Yong-Pyo, classificou a decisão de Pyongyang de "muito lamentável", ao mesmo tempo em que acrescentou que a Coreia do Norte deve assumir todas as consequências deste ato.
No total, 124 empresas industriais sul-coreanas empregavam em Kaesong 53.000 norte-coreanos.
"A Coreia do Norte expulsou nossos cidadãos em um prazo muito curto, os impediu de levar seus bens produzidos e congelou os bens de maneira ilegal", acrescentou o ministro.