A cúpula entre Trump e Kim vai tratar da desnuclearização da península coreana e tem o apoio da Coreia do Sul (Jim Bourg/Reuters)
EFE
Publicado em 11 de junho de 2018 às 14h59.
Última atualização em 11 de junho de 2018 às 15h27.
Seul - O Governo da Coreia do Sul disse nesta segunda-feira que o sucesso da histórica cúpula que acontece amanhã os líderes da Coreia do Norte e dos Estados Unidos dependerão inteiramente da reunião "frente a frente" que ambos manterão e não das negociações prévias entre os dois países.
"Dá a sensação de que a iminente cúpula vai ser condicionada pela negociação final entre os dois líderes quando ficarem frente a frente e tiverem uma troca sincera, mais que pelo tipo de reunião marcada pelas rodadas prévias de trabalho", disse o porta-voz presidencial sul-coreano Kim Eui-kyeom.
Hoje mesmo, delegações diplomáticas da Coreia do Norte e dos EUA se reuniram em Singapura pela última vez para fechar a agenda da histórica cúpula que o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, realizam na terça-feira na cidade-estado.
Em entrevista coletiva realizada hoje em Seul, o porta-voz sul-coreano também disse que finalmente não foi possível que à cúpula de Singapura se somasse o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, para realizar um encontro de três lados.
Seul tinha a esperança de que a participação de Moon no encontro pudesse servir para a assinatura de um acordo de paz entre os participantes da Guerra da Coreia (1950-1953), algo que iria representar uma garantia de peso para o regime norte-coreano, que veio reivindicando mecanismos que garantam sua sobrevivência.
"Desde o princípio seria uma cúpula Coreia do Norte-EUA. Só propusemos uma possível viagem (de Moon a Singapura) por via das dúvidas se transformada em uma cúpula de três lados no transcurso das conversas prévias entre Pyongyang e Washington", disse Kim em declarações recolhidas pela agência de notícias "Yonhap".