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Sentença evita fechamento de clínicas de aborto no Texas

Lei do estado do Texas condenava 20 clínicas ao fechamento a partir da próxima segunda

Estudantes da Universidade do Texas durante um protesto a favor do direitos das mulheres pelo aborto, em Austin (Jana Birchum/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 23h26.

Dallas - Um juiz federal dos Estados Unidos derrubou nesta sexta-feira a aplicação de um regulamento vinculado à lei geral do aborto do estado do Texas que condenava 20 clínicas ao fechamento a partir da próxima segunda-feira, o que representa um novo revés nos tribunais para o governador, Rick Perry.

Este restritivo regulamento obrigava as clínicas de aborto a dispor de condições iguais às de um hospital comum, requisitos cumpridos por apenas seis centros localizados nas quatro cidades principais deste estado de mais de 26 milhões de habitantes.

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Além disso, o fechamento das 20 clínicas ameaçadas deixava as mulheres da zona sul e oeste do Texas desprovidas do serviço.

Na sentença, o juiz Lee Yeakel argumentou que a aplicação do regulamento representaria para as mulheres do Texas uma "carga incompatível" com os princípios de liberdade pessoal consagrados desde 1973 na Constituição dos Estados Unidos.

"O tribunal tem a firme convicção que o estado pôs obstáculos irracionais na capacidade de uma mulher de realizar um aborto", acrescentou Yeakel.

O vice-governador do Texas, David Dewhurst, lamentou em comunicado que a decisão de Yeakel "solape um esforço pensado para melhorar o atendimento à saúde das mulheres" baseado em dotar as clínicas de aborto de normas mais estritas.

Os críticos da medida defendiam que o fechamento dos centros representaria um aumento dos abortos autoinduzidos entre as pessoas sem documentos e nas comunidades conservadoras do sul do Texas, que já têm uma das taxas mais altas dos Estados Unidos.

Este é o terceiro revés judicial em poucos dias para o governador Perry, que tinha feito da lei do aborto um tema pessoal, depois que na quinta-feira um juiz declarou inconstitucional o sistema estadual de financiamento das escolas e que há duas semanas um júri o acusou de abuso de poder e coação.

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