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Sensus: difamações ampliam rejeição a Dilma

Pesquisa CNT/Sensus mostrou que 35,4% dos eleitores não votariam na candidata

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff: segundo o Instituto Sensus, ela sofre um processo de difamação
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

Brasília - O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, e o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, atribuíram a um "processo de difamação" contra a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, o aumento da rejeição à candidata, indicado na pesquisa do Instituto Sensus divulgada esta manhã. Por causa desse "fenômeno sociológico", o instituto decidiu não fazer um prognóstico sobre o resultado final da eleição.

A pesquisa CNT/Sensus mostrou que 35,4% dos eleitores não votariam em Dilma Rousseff. No levantamento anterior, esse índice era de 32,6%. Já a rejeição ao candidato do PSDB, José Serra, que era de 40,2% caiu para 37,5%. No primeiro turno, a seis dias da votação, o Instituto Sensus divulgou um levantamento apontando a vitória de Dilma sobre Serra, com uma vantagem de oito milhões de votos. Para o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, o erro de avaliação decorreu do processo de difamação que "teve peso muito forte na reta de chegada ao primeiro turno".

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Segundo Guedes, seria preciso trabalhar com uma margem muito superior de diferença entre os candidatos para arriscar um prognóstico no segundo turno. O levantamento divulgado nesta manhã apontou situação de empate técnico entre os candidatos. O pesquisador Ricardo Guedes afirmou que assiste a um "processo sociocultural inusitado nessa eleição", baseado em estratégias que, de um lado, investem na desconstrução de um candidato, e do outro, potencializam as qualidades do outro postulante.

Clésio Andrade chamou a atenção para o uso da internet nesse processo, bem como para a contratação de pessoas com a missão de desconstruir a imagem dos candidatos nas ruas, nos ônibus, nos trens, entre outros lugares de grande fluxo de pessoas, distribuindo panfletos e pregando cartazes em postes. "São as chamadas matracas", definiu.

Às vésperas da votação em primeiro turno, a candidata do PT tornou-se alvo de correntes difamatórias na internet, bem como por meio de panfletos apócrifos, distribuídos em igrejas, afirmando que se ela fosse eleita, endossaria uma lei favorável ao aborto e à união civil entre homossexuais, fecharia templos e proibiria a liberdade de cultos.

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