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Senador leva R$ 57 mi da Petrobras sem licitação

Empresa do senador e ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB-CE) assinou oito contratos com a Petrobras para atuar na Bacia de Campos

Plataforma da Petrobras: estatal teria assinado contratos sem licitação com empresa de senador (Divulgação)

Plataforma da Petrobras: estatal teria assinado contratos sem licitação com empresa de senador (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 09h45.

Macaé (RJ) - Uma empresa do senador e ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB-CE), a Manchester Serviços Ltda., assinou sem licitação contratos que somam R$ 57 milhões com a Petrobras para atuar na Bacia de Campos, região de exploração do pré-sal no Rio de Janeiro. Documentos da estatal mostram que foram feitos, entre fevereiro de 2010 e junho de 2011, oito contratos consecutivos com a Manchester.

Os prazos de cada um dos contratos são curtos, de dois a três meses de duração, e tudo por meio de "dispensa de licitação", ou seja, sem necessidade de concorrência pública. Eleito senador em outubro, Eunício é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa.

Cerca de R$ 25 milhões foram repassados pela Petrobras à Manchester em 2010, ano de eleições. A nove dias do segundo turno presidencial, por exemplo, Petrobras e Manchester fecharam um novo contrato - via "dispensa de licitação" e pelo prazo de 90 dias - no valor de R$ 8,7 milhões. Desde então, já no governo de Dilma Rousseff, novos contratos foram celebrados sem concorrência pública com a empresa do senador, entre eles um de R$ 21,9 milhões (de número 4600329188) para serviços entre abril e junho deste ano.

A Manchester tem sede em Brasília, mas instalou filial em Macaé num sobrado de uma rua sem saída, a poucas quadras da sede da Petrobrás na cidade fluminense. A empresa é contratada para fornecer mão de obra terceirizada à estatal, incluindo geólogos, biólogos, engenheiros e administradores. A Petrobras confirmou os valores e a "dispensa de licitação" e informou que novos contratos foram feitos com a Manchester sem concorrência pública "em decorrência de problemas em processo licitatório". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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