Senado dos EUA confirma indicado para Inteligência Nacional
Confirmado com 85 votos a favor e 12 contrários, o ex-senador deverá lidar com as investigações sobre a possível intromissão russa no eleição
EFE
Publicado em 15 de março de 2017 às 16h51.
Washington - O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira o nome de Dan Coats como novo diretor de Inteligência Nacional do país, cargo que passará a ocupar em meio à polêmica da suposta espionagem promovida pelo ex-presidente Barack Obama sobre Donald Trump durante a campanha e a interferência da Rússia nas eleições de novembro do ano passado.
Confirmado com 85 votos a favor e 12 contrários, o ex-senador deverá lidar com as investigações sobre a possível intromissão do Kremlin no pleito em benefício do próprio Trump, uma tarefa considerada como delicada.
O novo diretor de Inteligência Nacional chega ao cargo depois de Trump ter acusado Obama no início deste mês de ter grampado seus telefones na Trump Tower de Nova York, onde o magnata vivia e trabalhava durante a campanha eleitoral de 2016.
Quando Trump escolheu Coats para o cargo, o presidente afirmou que o ex-senador era o nome adequado para o posto e que ele "demonstrou profunda experiência" para assumir a Direção Nacional de Inteligência do país.
O órgão foi criado após os atentados de 11 de setembro de 2001 com o objetivo de coordenar as 16 agências de inteligência do país, entre elas a CIA e a NSA.
Foram essas duas agências que elaboraram um relatório que acusa a Rússia de ser responsável por um plano de ataques cibernéticos durante a campanha eleitoral para favorecer Trump em detrimento de sua rival na disputa, a democrata Hillary Clinton.
A função do diretor de Inteligência Nacional é despachar diariamente com o presidente para ele disponha das informações mais recentes e possa tomar as decisões que considere adequadas diante das graves ameaças em matérias de segurança.
Dan Coats nasceu em Michigan, serviu no Exército entre 1966 e 1968. Além de representar o estado de Indiana tanto na Câmara dos Representantes como no Senado, foi embaixador na Alemanha entre 2001 e 2005.