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Sem Lasso, oito candidatos disputarão eleições antecipadas no Equador

O presidente abriu mão da disputa depois de aparecer em último lugar nas sondagens de intenção de voto

Equador: as novas eleições valerão apenas para o restante do mandato original de Lasso, que termina em maio de 2025 (AFP/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 14 de junho de 2023 às 13h53.

Última atualização em 14 de junho de 2023 às 13h55.

Oito candidatos, entre empresários e ex-congressistas, se inscreveram para participar das eleições gerais antecipadas do Equador, que serão realizadas em 20 de agosto. O presidente Guillermo Lasso , que no mês passado dissolveu o Congresso em meio a um processo de impeachment, já anunciou que não participará do pleito, após uma pesquisa mostrá-lo atrás de seus principais concorrentes.

O líder indígena Yaku Pérez, terceiro colocado nas eleições de 2021, tentará novamente o cargo. Pelo partido do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), a candidata registrada é a ex-deputada Luisa Gonzalez, única mulher que disputará a Presidência. Otto Sonnenholzner, que foi vice-presidente de Lenín Moreno (2017-2021), entre dezembro de 2018 e julho de 2020, também se inscreveu.

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O movimento Pachakutik, braço político da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), que chegou a anunciar o nome de Leonidas Iza, por sua vez, não chegou a um acordo sobre candidaturas, em meio a intensas lutas internas.

Três empresários entraram na disputa: Daniel Noboa, filho do magnata Álvaro Noboa, que disputou a Presidência cinco vezes; Jan Topic, ligado a empresas de segurança e telecomunicações e ex-atirador da Legião Estrangeira Francesa, e Xavier Hervas, que já participou de p anteriores.

Novas eleições

As novas eleições valerão apenas para o restante do mandato original de Lasso, que termina em maio de 2025. O ex-banqueiro, de 67 anos, é popular entre investidores, mas não entre a população geral, onde tem 80% de rejeição. Uma pesquisa publicada no fim de maio o colocou em último lugar entre os principais candidatos à Presidência.

No poder desde 2021, o presidente equatoriano era acusado de ter cometido peculato durante a gestão da estatal de navegação Flota Petrolera Ecuatoriana (Flopec). Segundo as denúncias, Lasso manteve em vigor um contrato assinado antes de sua posse para o transporte de petróleo bruto com o grupo internacional Amazonas Tanker, que deixou prejuízos de mais de US$ 6 milhões (R$ 29,6 milhões). Seu julgamento político é apoiado por diversos partidos do país.

Congresso

O Congresso, controlado pela oposição, tentou duas vezes o impeachment. A segunda tentativa foi evitada com a dissolução da Casa. O mecanismo, conhecido como "morte cruzada", está previsto na Constituição, porém nunca havia sido usado no país. Lasso governa por decreto por seis meses até que novas autoridades tomem posse no final deste ano

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