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Sem apoio do Congresso, Trump alerta que militares podem construir muro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que passará por cima do Congresso para financiar barreira entre o país e o México

Donald Trump: presidente norte-americano pressiona Congresso por aprovação de muro (Eric Thayer/Reuters)

Donald Trump: presidente norte-americano pressiona Congresso por aprovação de muro (Eric Thayer/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 13h05.

Última atualização em 11 de dezembro de 2018 às 15h53.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta terça-feira que o exército construirá o controverso muro com o México se os democratas não apoiarem o repasse de fundos orçamentários para assegurar "a segurança fronteiriça".

"Se os democratas não nos derem os votos para proteger nosso país, o exército construirá as seções que restam do muro", escreveu Trump na sua conta do Twitter.

O presidente americano afirmou que, graças ao trabalho dos agentes fronteiriços, aos militares e às novas seções do muro, "as grandes caravanas de migrantes que estavam se formando e se encaminhando" ao país não conseguiram atravessar a fronteira.

"Um grande muro seria, no entanto, uma solução muito mais fácil e menos custosa (...) Os democratas, no entanto, por razões estritamente políticas e porque estão ficando muito à esquerda, não querem segurança fronteiriça. Querem fronteiras abertas para que entre qualquer um. Isto traz doenças e crime em grande escala", acrescentou.

As advertências do presidente são divulgadas horas antes de um encontro na Casa Branca com os líderes democratas na Câmara dos Representantes e no Senado, Nancy Pelosi e Chuck Schumer.

Trump voltou a insistir nas últimas semanas que, se os orçamentos não incluírem uma verba específica para a construção do muro fronteiriço, poderia não assiná-los, o que resultaria em um novo fechamento do governo, que aconteceria no próximo dia 21 de dezembro caso não seja alcançado um acordo.

Pelosi afirmou na semana passada em entrevista coletiva que o muro, uma das grandes promessas eleitorais de Trump durante a campanha de 2016, é "imoral, ineficaz e caro", e lembrou, além disso, que o presidente "prometeu que o México pagaria por ele".

Após as eleições de novembro, os democratas recuperaram o controle na Câmara, que previsivelmente estará presidida por Pelosi a partir de janeiro de 2019, o que dificulta as exigências de Trump.

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, repetiu em várias ocasiões que ele gostaria de conseguir os US$ 5 bilhões que Trump pede para a construção do muro, embora reconheça que é pouco provável que os democratas respaldem essa opção.

O último pacto bipartidário em julho sobre essa questão resultou em US$ 1,6 bilhão para a proposta de Trump, depois que os republicanos incluíram o muro dentro do orçamento para o Departamento de Defesa.

 

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