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Sem aliados de Maduro, conferência sobre Venezuela começa amanhã no Peru

Organizado pelo Grupo de Lima, a conferência busca uma saída pacífica para a crise política da Venezuela e contará com a participação de mais de 60 países

Entre os ausentes estão os aliados de Maduro: China, Cuba, Rússia e Turquia (Matias Delacroix/Getty Images)
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AFP

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 11h39.

Uma conferência internacional será realizada em Lima , nesta terça-feira (6), com a presença de cerca de 60 países, em busca de uma saída pacífica para a crise política da Venezuela .

Organizado pelo Grupo de Lima, o evento será marcado pela ausência de representantes do governo Nicolás Maduro , assim como do líder parlamentar de oposição, Juan Guaidó.

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Estará presente uma delegação de alto nível dos Estados Unidos, formada pelo secretário americano do Comércio, Wilbur Ross, e pelo conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton.

Entre outros participantes, são esperado delegados do Vaticano, França, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Coreia do Sul, Israel, Emirados Árabes Unidos, África do Sul e 18 países latino-americanos.

Estarão ausentes China, Cuba, Rússia e Turquia, que foram convidados, especialmente, por poderem funcionar como uma ponte com o governo Maduro.

"Queremos (que estes quatro países) sejam parte da solução e não aprofundem o problema", explicou o chanceler peruano, em 4 de julho, em um encontro com correspondentes estrangeiros.

O propósito do encontro "é que, pela primeira vez, nos sentemos todos os países que, em alguma medida, têm uma relação com o que está acontecendo na Venezuela", disse o ministro peruano das Relações Exteriores, Néstor Popolizio, na ocasião.

"Não aceitamos o uso da força para a Venezuela como solução para a crise política, social e humanitária", frisou o chanceler, insistindo na posição do Grupo de Lima.

"O propósito é buscar um ponto de convergência, estabelecer um diálogo crível que aponte para a convocação de eleições na Venezuela", completou.

Para este evento, foram convidados cerca de 100 países "em nível ministerial (Relações Exteriores)", disse recentemente o chanceler Popolizio, anfitrião da reunião que acontece em um hotel em Lima.

Os convites foram feitos pelo Peru no início de julho, dando prosseguimento a uma decisão tomada pelo Grupo de Lima em uma reunião em abril no Chile. Por enquanto a delegação de mais alto nível ministerial é a dos Estados Unidos.

"Até agora, 62 delegações (59 países e três organismos internacionais) confirmaram sua participação na Conferência Internacional pela Democracia na Venezuela, que será realizada na terça", disse a Chancelaria peruana em um comunicado divulgado no fim de semana.

Os organismos internacionais que enviarão delegados são a União Europeia, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (antiga Corporação Andina de Fomento).

O Grupo de Lima foi criado em agosto de 2017 para definir uma postura comum frente à crise venezuelana. É composto de vários países latino-americanos e do Canadá.

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