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Segundo dia das eleições egípcias tem baixa participação

Poucos eleitores se aproximaram das seções eleitorais para votar nas eleições presidenciais do Egito

Mulher egípcia deposita seu voto em urna: o ambiente era bastante desolador (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 12h34.

Cairo - Poucos eleitores se aproximaram na manhã desta quarta-feira das seções eleitorais para votar nas eleições presidenciais do Egito , durante o dia adicional de votação decretado pela Comissão Eleitoral para obter maior participação.

Em várias zonas visitadas pela Agência Efe no Cairo, tanto em bairros populares como de classe média e alta, o ambiente era bastante desolador.

Os funcionários esperavam aborrecidos a chegada dos poucos eleitores no colégio de ensino médio Qaumiya, no distrito de classe média de Aguça.

O presidente de uma das mesas, um juiz identificado como Ihab, disse à Agência Efe que a jornada está transcorrendo muito tranquila, mas que espera que à tarde mais eleitores apareçam, apesar de a reunião ser boicotada por parte da população.

"É uma boa ideia ampliar o prazo de votação, porque há pessoas que não pôde vir nos primeiros dois dias", defendeu o mesário, afinado com o discurso da Comissão Eleitoral.

O órgão alegou que a medida visava a "dar a oportunidade de votar aos egípcios que moram longe dos centros de votação e aos que não puderam fazê-lo pela onda de calor" no país.

No entanto, os dois candidatos às eleições, o ex-chefe do Exército Abdul Fatah al Sisi e o dirigente esquerdista Hamdin Sabahi rejeitaram a decisão.

Abdelwaheb al Mayed votou em Sisi hoje, e explicou à Efe que não pôde participar nos primeiros dois dias porque estava trabalhando.

Mayed comentou que o Egito precisa de um presidente "forte" como o ex-chefe do exército para que retome a estabilidade para o país.

A missão de observação da ONG Democracia Internacional ressaltou em comunicado que a prorrogação da votação levanta dúvidas sobre "a independência da Comissão Eleitoral, a imparcialidade do governo e a integridade do processo eleitoral".

A ONG, que enviou 86 analistas, decidiu retirar hoje seus observadores, após a "medida incomum (da Comissão Eleitoral), que prejudica a credibilidade do processo".

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