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Secretário de Estado britânico chama Assange de "pequeno verme miserável"

O secretário de Estado afirmou que em pouco tempo o fundador do WikiLeaks deve deixar a embaixada do Equador em Londres

O comentário foi feito após Assange criticar o Reino Unido pela expulsão de diplomatas russos (Peter Nicholls/File Photo/Reuters)

O comentário foi feito após Assange criticar o Reino Unido pela expulsão de diplomatas russos (Peter Nicholls/File Photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de março de 2018 às 12h09.

Londres - O secretário de Estado britânico para a Europa e as Américas, Alan Duncan, chamou nesta terça-feira, durante uma sessão no Parlamento, o ativista australiano Julian Assange de "pequeno verme miserável".

Duncan lamentou que o fundador do WikiLeaks continue vivendo na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou em 2012, e considerou que é "questão de tempo" até decidir se entregar à justiça britânica.

Em fevereiro, uma juíza britânica decidiu manter em vigor a ordem de detenção que pesa sobre Assange, embora a Suécia tenha retirado no ano passado a ordem de extradição que tinha ditado para interrogá-lo sobre supostos crimes sexuais.

Os comentários do secretário de Estado britânico foram feitos depois que Assange criticou ontem à noite no Twitter a expulsão de diplomatas russos, em resposta ao envenenamento em solo britânico do ex-espião Sergei Skripal.

"Apesar de ser razoável que Theresa May (primeira-ministra britânica) pense que o Estado russo é o primeiro suspeito, até agora as provas são circunstanciais", sustentou o ativista.

Ao abordar as mensagens de Assange, Duncan criticou que "tuíta contra o Governo de Vossa Majestade sobre sua conduta ao comentar o ataque em Salisbury (Inglaterra)".

"É só questão de tempo que para que este pequeno verme miserável saia da embaixada e se entregue à justiça britânica", afirmou o secretário de Estado.

O australiano sustentou que não quer ser detido no Reino Unido perante o temor de ser extraditado aos Estados Unidos, onde acredita que possa ser condenado por filtrar milhares de documentos através do WikiLeaks.

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