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Sarkozy diz a Papandreou que não permitirá quebra da Grécia

"O fracasso da Grécia seria o fracasso da Europa" justificou o presidente francês

Sarkozy: "obrigação moral e econômica" de ajudar a Grécia   (Franck Prevel/Getty Images)

Sarkozy: "obrigação moral e econômica" de ajudar a Grécia (Franck Prevel/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 14h51.

Paris - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta sexta-feira em Paris ao primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, que não deixará a Grécia quebrar e que o eventual fracasso do país "seria o fracasso da Europa".

Sarkozy disse que há "obrigações morais e econômicas" para não deixar o país quebrar e pediu a Papandreou que cumpra os compromissos assumidos por seu Governo - o que o líder grego respondeu que fará "com transparência".

"O fracasso da Grécia seria o fracasso da Europa, não há alternativa. Temos a obrigação moral e econômica de sermos solidários", declarou o presidente francês ao término de um encontro de cerca de uma hora no Palácio do Eliseu.

Sarkozy afirmou ter pedido a Papandréu que ponha "vigor nas reformas com as quais seu Governo se comprometeu".

Acrescentou que recebeu o compromisso do primeiro-ministro grego de enfrentá-las "de forma escrupulosa".

"Inclusive me passou a preocupação com a transparência das autoridades gregas, que estão dispostas a acolher colaboradores europeus para verificar que os compromissos da Grécia são escrupulosamente mantidos", assegurou Sarkozy.

Papandréu respondeu desta forma aos protestos que provocou em seu país a chegada dos analistas da "troika" formada pela Comissão Europeia (CE), pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE).

"Estamos dispostos a acolher os analistas franceses e de outros países para que possam ver o que fazemos com total transparência e que todo mundo saiba das reformas, dos esforços e dos sacrifícios que fazemos para mudar nosso país", assinalou.

O primeiro-ministro grego acrescentou que querem construir "uma nova Grécia" que seja "um país competitivo, socialmente equitativo e transparente".

"Quero dizer de forma muito clara que a Grécia, eu mesmo, meu Governo e o povo grego estão dispostos a fazer as mudanças necessárias", assegurou.

Papandréu viajou para Paris horas após ter se reunido em Varsóvia com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e três dias de pois de ter se encontrado em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Sarkozy assegurou nesta sexta-feira que viajará nos próximos dias a capital alemã para "prosseguir o trabalho de coordenação" entre França e Alemanha com vistas a "proteger a Europa".

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