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Salário igual para homens e mulheres? Sim, e Islândia quer provas

Entrou em vigor lei que obriga as empresas a provarem que estão pagando o mesmo valor para homens e mulheres que realizam a mesma função no trabalho

A diferença no pagamento para homens e mulheres que realizam a mesma função é proibida por lei 

desde 1961, mas não havia controle ou exigência que garantisse o cumprimento da lei. (Alkir/Thinkstock)

A diferença no pagamento para homens e mulheres que realizam a mesma função é proibida por lei desde 1961, mas não havia controle ou exigência que garantisse o cumprimento da lei. (Alkir/Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 12h06.

São Paulo - Na busca pela sonhada equidade entre os gêneros, a Islândia dá lição ao mundo. O país nórdico agora possui uma lei que obriga as empresas a provarem que estão pagando o mesmo valor para homens e mulheres que realizam a mesma função no trabalho.

Segundo a Al Jazeera, a legislação entrou em vigor segunda-feira, a primeira do ano novo. As empresas na Islândia que empregam 25 ou mais pessoas agora terão que enviar informações de pagamento ao governo para obter uma certificação que atesta o tratamento igualitário. As empresas que não cumprirem terão de pagar multas.

A diferença no pagamento para homens e mulheres que realizam a mesma função é proibida por lei desde 1961 na Islândia, mas não havia controle ou exigência que garantisse seu cumprimento. A nova lei, criada em março do ano passado, foi a forma encontrada para enfrentar esse problema sistemático.

"É um mecanismo para assegurar que as mulheres e os homens sejam pagos igualmente. Tivemos uma legislação dizendo que o pagamento deveria ser igual para homens e mulheres há décadas, mas ainda temos uma diferença salarial", disse à Al Jazeera Dagny Osk Aradottir Pind, membro do conselho da Associação dos Direitos das Mulheres da Islândia.

Por nove anos seguidos, o país nórdico foi classificado como o melhor no mundo pela igualdade de gênero no Fórum Econômico Mundial.

O Global Gender Gap Report avalia a igualdade de gênero com base em indicadores, como a participação econômica e oportunidade, acesso à educação e saúde e empoderamento político.

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