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Rússia veta resolução da ONU contra referendo na Crimeia

Segundo a resolução, o referendo sobre o status da região ucraniana da Crimeia "pode não ter validade"


	Homem segura bandeira da União Soviética em frente ao parlamento da Crimeia: o referendo pode transferir o controle da região da Ucrânia para a Rússia
 (David Mdzinarishvili/Reuters)

Homem segura bandeira da União Soviética em frente ao parlamento da Crimeia: o referendo pode transferir o controle da região da Ucrânia para a Rússia (David Mdzinarishvili/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2014 às 14h39.

A Rússia vetou neste sábado um rascunho de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que declara que o planejado referendo sobre o status da região ucraniana da Crimeia "pode não ter validade" e pede que nações e organizações internacionais não o reconheçam.

"Este é um triste e marcante momento", disse Samantha Power, embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, após o voto dos 15 membros do Conselho de Segurança.

O veto russo ao rascunho da resolução, feito pelos Estados Unidos, já era esperado. Moscou, que enviou forças militares para a Crimeia, apoia o referendo de domingo, o qual pode transferir o controle da região da Ucrânia para a Rússia.

No total, 13 países votaram a favor, a Rússia votou contra enquanto a China se absteve. A Rússia e a China estão entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, com direito a veto.

Gerard Araud, embaixador da França na ONU, disse estar incrédulo sobre o que chamou de anexação da Crimeia pela Rússia, com o pretexto de proteger russos na região.

A breve resolução observou que o referendo não foi apoiado pelo governo da Ucrânia, em Kiev.

"Este referendo não pode ter validade e não pode formar a base para qualquer alteração do estatuto da Crimeia", diz o rascunho. O Conselho exorta "todos os Estados, organizações internacionais e agências especializadas a não reconhecer qualquer alteração do estatuto da Crimeia com base neste referendo".

A votação de domingo, vista como ilegal por Kiev, levou a pior crise Ocidente-Oriente desde a Guerra Fria, e elevou as tensões não apenas na Crimeia, mas também no leste da Ucrânia, onde duas pessoas morreram em confronto na sexta-feira.

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