Líder da oposição da Ucrânia Vitaly Klitschko fala em um megafone em meio a um protesto contra o governo em frente ao parlamento, em Kiev (Vasily Fedosenko/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 18h40.
Washington - Os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira que a Rússia tem de respeitar a integridade territorial da Ucrânia, enquanto o governo russo colocava tropas de combate em alerta máximo para manobras de guerra perto do território ucraniano, com o qual faz fronteira a oeste.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em declaração aos jornalistas depois que o presidente Barack Obama viajou de Washington para Minnesota, disse que os EUA apoiam fortemente os esforços dos líderes ucranianos para formarem um governo inclusivo, multipartidário.
"Nós fazemos um chamado aos atores externos na região para que respeitem a integridade territorial e a soberania ucranianas, que ponham fim à retórica e ações provocativas, apoiem as estruturas do governo de transição estabelecidas democraticamente e usem sua influência em apoio à unidade, paz e um caminho inclusivo", afirmou Earnest.
Numa entrevista à TV, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, também deixou claro que os Estados Unidos não querem que a Rússia intervenha nos assuntos da Ucrânia, depois que o presidente Viktor Yanukovich, aliado russo, foi derrubado do poder em Kiev.
"Esperamos que a Rússia não veja isso como uma espécie de continuação da Guerra Fria", declarou Kerry à MSNBC.
"Não acreditamos que isto deva ser (uma questão) Leste-Oeste, Rússia-Estados Unidos. Isto não é 'Rocky IV'", disse ele, referindo-se ao filme de 1985 em que o boxeador Rocky Balboa, interpretado por Sylvester Stallone, age contra um soviético - papel de Dolph Lundgren.
O presidente russo, Vladimir Putin, colocou nesta quarta-feira 100.000 soldados em alerta máximo para manobras de guerra perto da Ucrânia.