Enquanto a Rússia atua para abrir caminho para uma mobilização mais ampla, o Kremlin cada vez mais se vê pressionado a dar uma resposta firme para conter a ofensiva de Kiev (ANATOLII STEPANOV/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de setembro de 2022 às 16h36.
Última atualização em 20 de setembro de 2022 às 16h40.
Autoridades nas áreas ocupadas pela Rússia na Ucrânia anunciaram planos para anexar quatro regiões no leste e no sul ucranianos, enquanto a Rússia atua para abrir caminho para uma mobilização mais ampla, o Kremlin cada vez mais se vê pressionado a dar uma resposta firme para conter a ofensiva de Kiev.
As partes controladas pela Rússia das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia devem ter três dias de votação sobre se unir à Rússia a partir desta sexta-feira, no mais recente esforço de Moscou para consolidar território capturado meses atrás, mas agora em risco de ser retomado por forças ucranianas.
A Câmara Baixa do Parlamento russo aprovou também legislação que pode ajudar a lidar com a falta de soldados no campo de batalha, o que gera temores de que possa ser anunciada uma mobilização em larga escala nos próximos dias.
As medidas ocorrem após a Ucrânia lançar uma ofensiva para retomar terra no nordeste do país neste mês, impondo uma derrota a Moscou e libertando cerca de 10% do território capturado pela Rússia desde o início da invasão. O avanço impulsiona Kiev e deixa o presidente russo, Vladimir Putin, mais pressionado dentro e fora de seu país. Em vez de admitir que a guerra não vai bem em todas as frentes, porém, Putin prepara uma resposta firme, segundo analistas.
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