Joseph Blatter: "nós, certamente, estamos satisfeitos com o resultado (da votação). A Rússia apoiava Blatter", disse ministro (Arnd Wiegmann/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2015 às 16h12.
Moscou - A Rússia mostrou-se nesta sexta-feira "satisfeita" com a reeleição do suíço Joseph Blatter como presidente da FIFA, a quem tinha apoiado antes e depois da explosão, nesta semana, de um escândalo de corrupção na entidade.
"Nós, certamente, estamos satisfeitos com o resultado (da votação). A Rússia apoiava Blatter. Foram eleições democráticas. A vitória de Blatter foi justa", disse Vitali Mutko, ministro de Esportes do país, à imprensa local.
Membro do comitê executivo da FIFA, Mutko participou hoje da escolha realizada em Zurique, na qual o único adversário de Blatter foi o príncipe jordaniano Ali Bin al Hussein.
"Ao mesmo tempo, como membros da família europeia, consideramos que é preciso extrair importantes conclusões e fazer todo o possível para que haja mudanças", acrescentou.
Um dia antes da explosão do escândalo, Mutko afirmou que "não há alternativa a Blatter" e que, "comparada com outras federações internacionais, pode se dizer que a FIFA é a mais transparente e aberta".
Por sua vez, o presidente da União de Futebol da Rússia (UFR), Nikolai Tolstykh, felicitou Blatter por sua reeleição para um quinto mandato.
"Blatter entende os problemas e os desafios de nosso tempo e sabe o caminho pelo qual o futebol deve se desenvolver. Trata-se de um experiente diretor que conta com o respaldo de grande parte do mundo do futebol", comentou.
Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, denunciou que a prisão de dirigentes da FIFA por corrupção a pedido da Justiça dos EUA era uma tentativa de impedir a reeleição de Blatter.
"Não me restam dúvidas de que é uma clara tentativa de não permitir a reeleição de Blatter como presidente da FIFA, isso é uma grosseira violação dos princípios de funcionamento das organizações internacionais", disse.
Além disso, Putin denunciou que alguns países exerceram "pressões" sobre Blatter "para impedir a realização da Copa do Mundo de 2018 na Rússia".