Protesto do Greenpeace pede liberdade a ativistas presos: este é o sétimo recurso de apelação rechaçado pela Justiça russa para libertar ativistas (Jacky Naegelen/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2013 às 08h25.
Moscou - A Justiça russa rejeitou nesta segunda-feira conceder liberdade sob pagamento de fiança à ativista argentina do Greenpeace Camila Speziale, que está em prisão preventiva na cidade de Murmansk com outros 29 ecologistas, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, acusados de pirataria.
Segundo informou o Greenpeace Rússia, o tribunal de Murmansk considerou legal sua detenção, por isso a jovem deverá permanecer na prisão pelo menos até 24 de novembro.
Este é o sétimo recurso de apelação rechaçado pela Justiça russa para libertar os ativistas mediante pagamento de fiança. Na semana passada, foi negada a soltura de quatro cidadãos russos e dois britânicos.
O tribunal também estudará hoje os recursos apresentados pelo italiano Cristian D"Alessandro, o neozelandês David Haussmann e o britânico Peter Willcox, capitão do barco "Arctic Sunrise", no qual os ativistas organizaram o protesto no Ártico que os levaram para a prisão.
Fontes do Greenpeace disseram ontem à Agência Efe que os ativistas não têm esperanças de serem libertados.
"Veem um panorama muito negro. Todos são acusados das mesmas acusações (pirataria) e já foram rechaçados seis" apelações, disse Sol Gosetti, coordenadora de comunicação do Greenpeace, que esteve por vários dias na cidade de Murmansk.
Na audiência de hoje também foi rejeitado o pedido do advogado de Camila Speziale para que os membros do tribunal fossem trocados e não foi considerada a proposta do cônsul argentino, que garantiu pessoalmente que Camila não fugiria caso fosse solta, segundo informou o Greenpeace em seu Twitter.
Os 30 ativistas do Greenpeace foram detidos em 19 de setembro após organizar um protesto contra a exploração petrolífera no Ártico.
Após a embarcação em que estavam ser rebocada para Murmansk, os ecologistas foram levados para terra e sentenciados a dois meses de prisão preventiva, enquanto se desenrola o caso por suposta pirataria, delito punido com até 15 anos de prisão na Rússia.