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Rússia não cortará gás para a Europa, diz comissário da UE

O comissário europeu de Energia, Guenther Oettinger, não espera que a Rússia interrompa o fornecimento de gás natural para a Europa devido à crise na Ucrânia


	Guenther Oettinger, comissário europeu: "eu não acredito que isso seria do interesse da Rússia", afirmou sobre a possibilidade de o país interroper o fornecimento de gás para a Europa
 (Georges Gobet/AFP)

Guenther Oettinger, comissário europeu: "eu não acredito que isso seria do interesse da Rússia", afirmou sobre a possibilidade de o país interroper o fornecimento de gás para a Europa (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2014 às 13h12.

Berlim - O comissário europeu de Energia, Guenther Oettinger, não espera que a Rússia interrompa o fornecimento de gás natural para a Europa devido à crise na Ucrânia, afirmou a autoridade à revista alemã Wirtschaftswoche, em entrevista publicada neste sábado.

"Eu não acredito que isso seria do interesse da Rússia", afirmou Oettinger à revista.

A gigante petrolífera russa Gazprom emitiu um alerta velado na sexta-feira, dizendo que poderia interromper seu fornecimento de gás natural para a Ucrânia por inadimplência. O território ucraniano é uma importante passagem do gás da Rússia para a União Europeia, que compra do país aproximadamente um quarto de todo o seu consumo.

Mas Oettinger afirmou que interromper o fornecimento não seria benéfico para a empresa: "A Gazprom tem interesse em sua receita diária com a venda, para que o investimento valha a pena e lucro seja gerado".

Oettinger disse que, se a Rússia interromper o fornecimento para a Ucrânia, afetaria 14 por cento do consumo europeu.

No início de 2009, a Rússia cortou o fornecimento do gás para a Ucrânia por inadimplência, causando reduções no abastecimento europeu em pleno inverno.

Mas Oettinger disse que a Europa está mais bem-preparada para lidar com tal cenário, já que o inverno foi suave, os estoques de gás estão maiores do que há um ano e os países da União Europeia agora são obrigados a garantir pelo menos um mês de estoque.

"Estamos em uma melhor posição do que há cinco anos", concluiu.

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