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Rússia fez acordo sobre ajuda humanitária, não sobre trégua

Todas as objeções ao envio de um comboio de ajuda humanitária à Ucrânia foram resolvidos, disse Rússia, mas não houve progressos em busca por cessar-fogo


	Serguei Lavrov: "não estamos em condições de informar sobre resultados positivos em alcançar um cessar-fogo"
 (Alexander Nemenov/AFP)

Serguei Lavrov: "não estamos em condições de informar sobre resultados positivos em alcançar um cessar-fogo" (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 08h31.

Berlim - A Rússia disse nesta segunda-feira que todas as objeções ao envio de um comboio de ajuda humanitária à Ucrânia foram resolvidos, mas afirmou que não houve progresso nas conversas em Berlim em busca de um cessar-fogo entre forças do governo ucraniano e rebeldes no leste do país.

Após as conversações entre Rússia, Alemanha, França e Ucrânia, no domingo, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que "finalmente, foram resolvidas todas as questões... relacionadas com a iniciativa russa de enviar 300 caminhões com ajuda humanitária" para o leste da Ucrânia.

"Tudo foi acertado com a Ucrânia e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha", disse o chanceler em entrevista coletiva em Berlim. Ucrânia e Rússia têm debatido sobre um comboio de 280 caminhões russos transportando água, alimentos e medicamentos.

Os veículos estão estacionados há dias na Rússia perto da fronteira com a Ucrânia. Kiev suspeita que o comboio possa ser um Cavalo de Tróia para a Rússia entregar armas aos rebeldes -- acusação que Moscou classificou como absurda. Lavrov descreveu a situação no leste da Ucrânia como uma "catástrofe humanitária", e disse que é necessário um cessar-fogo uma vez que civis estão sob bombardeio diante do avanço ucraniano.

"Não estamos em condições de informar sobre resultados positivos em alcançar um cessar-fogo e o início do processo político (para resolver o conflito)", disse ele a jornalistas.

O conflito de quatro meses no leste da Ucrânia atingiu uma fase crítica, com Kiev e governos ocidentais observando com atenção se a Rússia vai utilizar soldados concentrados na fronteira para intervir em apoio aos rebeldes pró-russos, cada vez mais sitiados.

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