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Rússia é único lugar onde um informante americano pode falar, diz Snowden

Em entrevista a uma rádio francesa, Snowden comentou que "o mais triste é que o único lugar, onde um informante americano pode falar, não é na Europa"

Snowden: em 17 de setembro, ele lançará suas memórias em vários países, entre eles Estados Unidos, Brasil, França, Alemanha e Reino Unido (Rosdiana Ciaravolo/Getty Images)

Snowden: em 17 de setembro, ele lançará suas memórias em vários países, entre eles Estados Unidos, Brasil, França, Alemanha e Reino Unido (Rosdiana Ciaravolo/Getty Images)

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AFP

Publicado em 14 de setembro de 2019 às 11h41.

Asilado na Rússia após denunciar a vigilância eletrônica em massa promovida pelos Estados Unidos, o informante americano Edward Snowden disse que, para uma pessoa nas suas condições, apenas no país em que está é possível falar.

Em entrevista à rádio francesa France Inter, cujos trechos foram divulgados neste sábado (14), Snowden comentou que "o mais triste em todo caso (de vazamento das informações) é que o único lugar, onde um informante americano pode falar, não é na Europa, mas aqui (na Rússia)".

"Pedi asilo na França em 2013, durante (o mandato do ex-presidente socialista) François Hollande. Evidentemente, gostaria muito que (o atual presidente francês, Emmanuel) Macron me concedesse o direito de asilo", acrescentou Snowden.

Ele pediu proteção a cerca de 20 países - entre eles França e Alemanha -, que o rejeitaram por diferentes razões.

"Não é apenas uma questão da França, é o mundo ocidental. É o sistema em que vivemos. Proteger os informantes não tem nada de hostil. Acolher alguém como eu não é atacar os Estados Unidos", completou.

Em 17 de setembro, Edward Snowden lançará suas memórias em vários países, entre eles Estados Unidos, Brasil, França, Alemanha e Reino Unido.

Então funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA), Snowden revelou, em 2013, a existência de um sistema de vigilância mundial de comunicações e da Internet.

Conseguiu se asilar na Rússia em 2013, país onde seu visto de residência foi renovado até 2020. É causado de espionagem e roubo de segredos de Estado pelos EUA.

A íntegra da entrevista à rádio France Inter será publicada na segunda-feira.

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