O presidente russo, Vladimir Putin, declarou sua intenção de usar "todos os meios disponíveis" para proteger o território russo (Jasmin Merdan/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de outubro de 2022 às 15h20.
Última atualização em 11 de outubro de 2022 às 15h47.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, rejeitou as especulações sobre possível uso de armas nucleares em Moscou, dizendo que só poderia fazê-lo se a Rússia enfrentasse morte iminente.
Lavrov disse nesta terça-feira, 11, que a doutrina nuclear da Rússia prevê "medidas exclusivamente retaliatórias destinadas a impedir a destruição da Federação Russa como resultado de ataques nucleares diretos ou o uso de outras armas que ameacem a própria existência do Estado russo".
Falando na televisão estatal russa, a autoridade acusou o Ocidente de espalhar especulações sobre as supostas intenções da Rússia de usar armas nucleares e incitou os Estados Unidos e seus aliados para "mostrar a máxima responsabilidade em suas declarações" sobre o assunto.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou sua intenção de usar "todos os meios disponíveis" para proteger o território russo.
A declaração foi amplamente vista como uma tentativa de forçar a Ucrânia a interromper sua ofensiva para recuperar o controle das quatro regiões que a Rússia absorveu no início deste mês depois que os "referendos" orquestrados pelo Kremlin foram rejeitados por Kiev e seus aliados ocidentais e considerados como uma farsa.
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