Mundo

Rússia diz que Otan retorna à disputa verbal da Guerra Fria

Governo russo disse que a decisão de chanceleres da Otan, na terça-feira, de suspender a cooperação prática com a Rússia criou uma sensação de "déjà vu"


	Militares russos próximos à Crimeia: na última vez que a Otan tomou essa decisão, a respeito da guerra de cinco dias da Rússia com a Geórgia em 2008, a aliança de defesa acabou retomando posteriormente seu próprio acordo de cooperação
 (Spencer Platt/Getty Images)

Militares russos próximos à Crimeia: na última vez que a Otan tomou essa decisão, a respeito da guerra de cinco dias da Rússia com a Geórgia em 2008, a aliança de defesa acabou retomando posteriormente seu próprio acordo de cooperação (Spencer Platt/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 09h04.

Moscou - A Rússia acusou a Otan nesta quarta-feira de retornar à linguagem da Guerra Fria ao suspender a cooperação com Moscou, e disse que nenhum dos lados vai ganhar com a mudança.

O governo russo disse que a decisão de chanceleres da Otan, na terça-feira, de suspender a cooperação prática com a Rússia, em protesto contra a anexação da região ucraniana da Crimeia, criou uma sensação de "déjà vu".

"A linguagem dos comunicados se assemelha às disputas verbais da era da 'Guerra Fria'", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo Alexander Lukashevich em comunicado.

O porta-voz afirmou que na última vez que a Otan tomou essa decisão, a respeito da guerra de cinco dias da Rússia com a Geórgia em 2008, a aliança de defesa acabou retomando posteriormente seu próprio acordo de cooperação.

"Não é difícil imaginar quem vai ganhar com a suspensão da cooperação entre a Rússia e a Otan no combate às ameaças e desafios modernos à segurança internacional e europeia, especialmente em áreas como a luta contra o terrorismo, a pirataria e os desastres naturais e provocados pelo homem", disse Lukashevich.

"Em qualquer caso, certamente não serão a Rússia ou os Estados-membros da Otan."

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaOtanRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame