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Rússia denuncia execuções de civis no leste da Ucrânia

Rússia denunciou execuções de civis supostamente cometidas pelas forças governamentais ucranianas na região de Donetsk


	Soldados ucranianos: "trata-se de crimes de guerra", diz comunicado russo
 (Anatolii Stepanov/AFP)

Soldados ucranianos: "trata-se de crimes de guerra", diz comunicado russo (Anatolii Stepanov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 14h52.

Moscou - A Rússia denunciou nesta quarta-feira execuções de civis supostamente cometidas pelas forças governamentais ucranianas na região de Donetsk durante os combates com os rebeldes.

"Trata-se de crimes de guerra, para os quais não há nem pode haver justificativa", declarou a chancelaria russa em um comunicado.

Moscou argumenta que de acordo com provas em seu poder foram cometidos "assassinatos a sangue frio de civis pelas forças ucranianas".

A chancelaria russa denunciou a existência de uma vala comum, encontrada pelos separatistas em uma mina a 60 quilômetros de Donetsk, supostamente "com civis".

"Dias antes de se achar a vala, este local foi abandonado por membros" do exército da Ucrânia, segundo o comunicado.

A chancelaria também denunciou a descoberta de uma "vala comum" com cadáveres com roupas civis.

"É evidente que esses indivíduos sofreram represália, como denota o fato de suas mãos estarem presas às costas, sinais de disparos na cabeça e a existência de cápsulas de projétil de calibre 9 milímetros", disse a nota.

Por isso, Moscou pede "uma investigação urgente, imparcial e objetiva" por parte da ONU, da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) e do Conselho da Europa.

Os separatistas pró-Rússia informaram ontem sobre a descoberta de uma vala comum em uma zona de Donetsk onde se encontrava até pouco antes posições da Guarda Nacional ucraniana.

"Até agora, encontramos quatro corpos, incluído o de uma mulher. Mas tudo indica que se trata de uma vala comum", disse um porta-voz do comitê de instrução da autoproclamada república popular de Donetsk à agência russa "Interfax".

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko, negou hoje a existência de tropas desta força na região, mas reconheceu que outras unidades estiveram na área.

Os separatistas estimaram ontem em quatro mil o número de milicianos e civis mortos nos últimos quatro meses nos combates com as forças governamentais ucranianas só na região de Donetsk.

Segundo a ONU, mais de três mil pessoas teriam morrido desde abril nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, onde antes da explosão da sublevação armada contra Kiev viviam mais de 8 milhões de pessoas.

O comando militar ucraniano reconheceu quase mil de mortos em suas fileiras, vinte deles desde a declaração de cessar-fogo de 5 de setembro.

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