Rússia considera plano de Zelensky "ilusório" e recomenda que Ucrânia "recupere o juízo"
Porta-voz do Kremlin Vladimir Putin rebateu Volodymyr Zelensky em coletiva de imprensa dessa quarta-feira
Agência de Notícias
Publicado em 16 de outubro de 2024 às 10h37.
Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 10h38.
O Kremlin classificou como "ilusório" o Plano de Vitória apresentado pelo presidente ucraniano,Volodymyr Zelensky, e disse que, para alcançar a paz na Ucrânia, Kiev deve primeiro "recuperar o juízo".
"Há muitas semanas se fala de um plano de paz ilusório. Muito provavelmente é o mesmo plano americano de lutar conosco até o último ucraniano, que Zelensky camuflou e chamou de 'plano de paz'", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária nesta quarta-feira, 16.
De acordo com o porta-voz, para que haja paz, Kiev deve "recuperar o juízo e entender os motivos que levaram ao conflito na Ucrânia".
"Há muitas semanas se fala de um plano de paz ilusório. O mais provável é que seja o mesmo plano americano de lutar conosco até o último ucraniano, que Zelensky camuflou e chamou de 'plano de paz'", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária.
De acordo com o porta-voz, para que haja paz, Kiev deve "recuperar o juízo e entender os motivos que levaram ao conflito na Ucrânia".
"Pode haver outro plano, um plano verdadeiramente pacífico, baseado no entendimento de Kiev de que a política que está adotando não tem futuro", declarou.
O Plano de Vitória de Zelensk y exige armamentos suficientes e decisões políticas dos aliados para permitir que a Ucrânia realize outras operações contra os territórios russos, revelou o chefe de Estado ao Parlamento nesta quarta-feira.
Zelensky explicou que o segundo ponto do plano consiste, entre outras coisas, em uma lista de armamentos necessários para reforçar as posições ucranianas e levar a guerra para a Rússia, a fim de impedir a criação de "zonas seguras" de tropas inimigas na Ucrânia e fazer com que a opinião pública russa "sinta" as consequências da guerra e aumente sua pressão sobre o Kremlin.
Esse segundo ponto do plano também inclui, como esperado, uma solicitação aos parceiros da Ucrânia para suspender a proibição do uso de armas de longo alcance fornecidas à Ucrânia contra alvos dentro da Rússia.
Outra exigência do documento é que a Ucrânia receba defesas antiaéreas suficientes para fornecer proteção confiável contra ataques russos.
O presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que não entrará em negociações de paz com Kiev enquanto as tropas ucranianas permanecerem na região fronteiriça de Kursk, onde entraram em 6 de agosto.