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Rússia adverte que responderá às repugnantes sanções dos EUA

O governo russo responderá às sanções anunciadas pelos Estados Unidos devido ao papel russo na crise ucraniana, anunciou o vice-ministro das Relações Exteriores

Vladimir Putin: "ninguém tem direito a falar com a Rússia com a linguagem das sanções", disse representante do governo (Alexander Demianchuk/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 12h37.

Moscou - O governo da Rússia responderá às "repugnantes" sanções anunciadas pelos Estados Unidos devido ao papel russo na crise ucraniana, anunciou nesta segunda-feira o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Ryabkov.

"Certamente responderemos. Nunca ocultamos que há possibilidades para tal resposta. E as medidas que serão tomadas são bastante amplas", disse Ryabkov à agência "Interfax".

Ryabkov se mostrou "convencido" de que a resposta russa às sanções contra quase 20 companhias e sete altos cargos governamentais, dois muito próximos ao presidente russo, Vladimir Putin, "repercutirá dolorosamente em Washington".

"Ninguém tem direito a falar com a Rússia com a linguagem das sanções. As tentativas de ditar algo e apresentar ultimatos se voltarão contra os que as fizerem", ameaçou.

O diplomata ressaltou que o anúncio feito pelo porta-voz da Casa Branca "causa repugnância".

"O texto demonstra uma total incompreensão do que acontece na Ucrânia por parte dos sócios parceiros em Washington. É um espelho deformado da política externa e não uma atitude responsável perante um problema", precisou.

Na sua opinião, "os Estados Unidos perderam todo o sentido da realidade e optaram conscientemente pelo agravamento da crise".


A Rússia considera que, com esse tipo de medida, Washington dá carta branca às forças que não estão dispostas a dar passos a favor da federalização, como exigem os pró-Rússia do leste do país, e acredita que levarão à Ucrânia a "novos confrontos".

Em comunicado, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou hoje que as sanções "seletivas" contra a Rússia respondem a que o Kremlin não cumpriu seus compromissos internacionais para aliviar a crise na Ucrânia.

Entre os funcionários sancionados estão duas figuras muito próximas a Putin: Igor Sechin, presidente da maior petrolífera russa, a Rosneft; e Sergei Chémezov, chefe da empresa estatal Rostej.

Outro sancionado foi Dmitri Kozak, vice-primeiro-ministro encarregado de projetos especiais como os Jogos Olímpicos de Sochi e o desenvolvimento da Crimeia, península anexada pela Rússia em 21 de março após um referendo separatista.

As entidades afetadas pelas sanções norte-americanas estão todas controladas pelos multimilionários Gennady Timchenko e os irmãos Arkadi e Boris Rotenberg, amigos pessoais do chefe do Kremlin.

Além das sanções, os EUA revogaram as licenças de exportação de bens de alta tecnologia que, segundo Washington, podem ser fornecidos ao setor militar russo.

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"Certamente responderemos. Nunca ocultamos que há possibilidades para tal resposta. E as medidas que serão tomadas são bastante amplas", disse Ryabkov à agência "Interfax".

Ryabkov se mostrou "convencido" de que a resposta russa às sanções contra quase 20 companhias e sete altos cargos governamentais, dois muito próximos ao presidente russo, Vladimir Putin, "repercutirá dolorosamente em Washington".

"Ninguém tem direito a falar com a Rússia com a linguagem das sanções. As tentativas de ditar algo e apresentar ultimatos se voltarão contra os que as fizerem", ameaçou.

O diplomata ressaltou que o anúncio feito pelo porta-voz da Casa Branca "causa repugnância".

"O texto demonstra uma total incompreensão do que acontece na Ucrânia por parte dos sócios parceiros em Washington. É um espelho deformado da política externa e não uma atitude responsável perante um problema", precisou.

Na sua opinião, "os Estados Unidos perderam todo o sentido da realidade e optaram conscientemente pelo agravamento da crise".


A Rússia considera que, com esse tipo de medida, Washington dá carta branca às forças que não estão dispostas a dar passos a favor da federalização, como exigem os pró-Rússia do leste do país, e acredita que levarão à Ucrânia a "novos confrontos".

Em comunicado, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou hoje que as sanções "seletivas" contra a Rússia respondem a que o Kremlin não cumpriu seus compromissos internacionais para aliviar a crise na Ucrânia.

Entre os funcionários sancionados estão duas figuras muito próximas a Putin: Igor Sechin, presidente da maior petrolífera russa, a Rosneft; e Sergei Chémezov, chefe da empresa estatal Rostej.

Outro sancionado foi Dmitri Kozak, vice-primeiro-ministro encarregado de projetos especiais como os Jogos Olímpicos de Sochi e o desenvolvimento da Crimeia, península anexada pela Rússia em 21 de março após um referendo separatista.

As entidades afetadas pelas sanções norte-americanas estão todas controladas pelos multimilionários Gennady Timchenko e os irmãos Arkadi e Boris Rotenberg, amigos pessoais do chefe do Kremlin.

Além das sanções, os EUA revogaram as licenças de exportação de bens de alta tecnologia que, segundo Washington, podem ser fornecidos ao setor militar russo.

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