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Roma reforça segurança para celebrar 60º aniversário da UE

Serão reforçados "ainda mais" os controles nas zonas de maior fluxo de pessoas, após o atentado desta quarta-feira em Londres

Itália: policiais serão desdobrados por toda a cidade já na sexta-feira (Dan Kitwood/Getty Images)
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EFE

Publicado em 23 de março de 2017 às 14h43.

Última atualização em 23 de março de 2017 às 14h44.

Roma - A capital italiana celebra no próximo sábado o 60º aniversário dos Tratados de Roma, evento do qual participarão os líderes da União Europeia (UE), e se prepara contra possíveis ameaças após o atentado em Londres .

"O único modo de conter o imprevisível é controlar o território", disse nesta quinta-feira o ministro do Interior italiano, Marco Minniti, durante uma reunião extraordinária com o Comitê de Análise Estratégica Antiterrorista.

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Participaram do encontro dirigentes nacionais da polícia e dos serviços de inteligência, e também o representante em Roma da Scotland Yard, a polícia londrina.

Durante a reunião foi decidido "manter alto o nível de alerta, intensificando as medidas de vigilância e de segurança para proteger os alvos mais expostos", segundo um comunicado do Ministério do Interior.

Além disso, serão reforçados "ainda mais" os controles nas zonas de maior fluxo de pessoas e policiais serão desdobrados por toda a cidade já na sexta-feira, quando o papa receberá os líderes europeus no Vaticano.

Em Roma foram estipuladas duas áreas centrais de máximo controle: a que cerca a palácio do Quirinal, sede do governo, e a área do Monte Capitolino, onde vai acontecer o ato comemorativo.

O governo também informou que não será permitido o acesso de turistas ao Coliseu de 24 a 26 de março, tampouco a entrada ao Fórum Romano e ao Palatino e à Casa Dourada durante todo o dia 25 de março.

Além disso, cerca de três mil agentes e mil militares vigiarão as ruas da capital italiana, enquanto drones sobrevoarão pontos estratégicos.

Também reforçarão a segurança agentes antidistúrbios, membros do esquadrão antibombas, unidades caninas, serviços de emergência e franco-atiradores preparados para intervir caso sejam acionados.

Assim, com a ameaça terrorista como pano de fundo, a cidade se blindará para comemorar o 60º aniversário dos Tratados de Roma, um evento que não contará com a presença do Reino Unido, que começa o processo de desligamento da UE no dia 29 de março.

Na celebração, os chefes de Estado da UE assinarão a "Declaração de Roma",na que marcará o rumo do bloco após o "Brexit".

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, oferecerá um almoço no palácio do Quirinal e ao final haverá uma "passeata pela Europa" que acabará aos pés do Coliseu.

Paralelamente, estão programadas seis manifestações que podem reunir cerca de 27 mil pessoas, segundo estimativas da polícia, em protesto contra determinadas políticas da UE, como a gestão migratória, ou para pedir diretamente o fim do bloco comunitário.

Estas concentrações foram organizadas por formações como o Partido Comunista e os Irmãos da Itália, e também por plataformas como "Nostra Europa", "Eurostop" e o "Movimento Nazionale per a Soberanità".

A mais numerosa será provavelmente a organizada pela "Eurostop", na qual, segundo explicou à Agência Efe seu porta-voz Sergio Cararo, será pedida a saída da Itália da UE, do euro e da Otan para avançar em uma integração regional entre países da Europa mediterrânea, "com problemas similares".

Cararo não descartou uma das maiores preocupações das autoridades: a infiltração nas manifestações de grupos violentos procedentes de outros países vizinhos, como França e Grécia. "Esse risco existe sempre", ressaltou.

Por isso, o chefe da polícia, Guido Marino, proibiu vestimentas que possam ser usadas pelos manifestantes para ocultar sua identidade, assim como o uso de gorros ou capuzes.

As mochilas e as bolsas dos manifestantes também serão revistadas e "qualquer objeto adequado para ferir será apreendido pelas forças da ordem".

Tais medidas devem ser respeitadas desde a chegada (dos manifestantes) à cidade de Roma, mesmo antes da cúpula, e as autoridades já supervisionam gravações para adquirir imagens que permitam identificar suspeitos em caso de incidentes.

Para isso, foi estabelecido "um sistema de aquisição de imagens de participantes das manifestações" mediante "cem câmaras escondidas em diferentes pontos do percurso" do protesto.

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